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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: INFECÇÃO EM IMUNODEPRIMIDOS
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EP-359 - ASSOCIAÇÃO ENTRE ÚLCERAS ORAIS POR EBV E USO DE METOTREXATO: A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA TRATAMENTO ADEQUADO.
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Gabriel Ramalho Jesus, Lara Salgado Saraiva, Lucas Cabrini Gabrielli, Juliana Cazarotto, Fernanda Guioti Puga, Gilberto Gambero Gaspar, Benedito Antônio Lopes Fonseca
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

As úlceras mucocutâneas associadas ao vírus Epstein-Barr (EBV) são uma entidade rara e associada à imunossupressão. Na maioria das vezes o diagnóstico é anatomopatológico e o tratamento consiste na redução do uso de imunossupressores. Em revisão de literatura, observa-se que o Metotrexato é o principal agente envolvido nos casos reportados, porém não existe ainda uma descrição fisiopatológica dessa relação.

Objetivo

Relato de caso de uma paciente com diagnóstico de Síndrome de Clippers, que apresentou úlceras orais por EBV durante uso de Metotrexato.

Método

Relato de caso.

Resultados

Feminino, 69 anos, diabética, em seguimento com a Neurologia por Síndrome de Clippers (Inflamação linfocítica crônica com realce perivascular pontino, responsivo a esteróides) e em uso de metotrexato para controle da doença há 10 anos. Além disso, paciente fazia uso de alendronato por osteoporose. Foi encaminhada para equipe de odontologia por osteonecrose de mandíbula, provavelmente secundária ao uso prolongado de bisfosfonatos. Durante o acompanhamento, desenvolveu úlceras em cavidade oral, dolorosas e com saída de secreção esbranquiçada, levando à limitação da ingestão de alimentos e perda ponderal. Realizada biópsia em local de acometimento, com diagnóstico de úlcera mucocutânea associada ao EBV e confirmação por PCR positivo para EBV no tecido. Após revisão de literatura, foi conversado com equipe da Neurologia sobre a possibilidade de suspensão do uso de metotrexato. Como paciente apresentava bom controle de doença neurológica, optou-se por suspender a droga e acompanhar a evolução clínica. Em retorno com Infectologia, dois meses após a suspensão do metotrexato e sem nenhum outro tratamento, houve desaparecimento completo das úlceras e ganho ponderal.

Conclusão

Percebe-se a importância, pouco difundida, do reconhecimento da associação entre Metotrexato e úlceras orais por EBV, especialmente entre pacientes imunossuprimidos. A maioria dos diagnósticos ocorre via resultado de investigação anatomopatológica, sendo importante a suspeição clínica por dentistas e patologistas, e o encaminhamento e seguimento adequado por infectologistas. A instituição rápida da suspensão ou troca do agente imunossupressor, visto não haver tratamento específico para o EBV, pode levar à rápida resolução das úlceras mucocutâneas, como demonstrado neste caso, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

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