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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-347 - HEPATITE GRAVE POR DENGUE EM PESSOA VIVENDO COM HIV: UM RELATO DE CASO.
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Layanne Barbosa Paz, Paula Luna de Oliveira Lei, Adriane Gomes de Souza Silva, Gabryela Barreto Couto, Raissa Pinto Nunes, Amanda Garcês Furtado, Marta Iglis de Oliveira
Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e dengue representa uma situação clínica complexa, com potencial impacto na gravidade e na evolução da doença. Pessoas vivendo com HIV podem estar sujeitos a uma maior suscetibilidade a infecções virais, além de complicações adicionais devido à imunossupressão.

Objetivo

Relatos de casos de dengue em pessoas vivendo com HIV são escassos na literatura médica, especialmente quando evoluem com complicações hepáticas graves. Este relato busca revisar brevemente a relação entre a infecção pelo HIV, dengue e doença hepática, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e manejo adequado nesses casos.

Método

A coinfecção HIV/dengue tem sido cada vez mais reconhecida como uma preocupação clínica significativa, especialmente em regiões endêmicas para ambas as doenças. Embora a dengue geralmente seja uma doença autolimitada, pode resultar em complicações graves, como hepatite, em pacientes com condições subjacentes, como o HIV. A imunossupressão associada ao HIV pode comprometer a resposta imune do hospedeiro à infecção por dengue, aumentando a suscetibilidade a complicações.

Resultados

Paciente do sexo masculino, 47 anos, vivendo com HIV há 16 anos, em tratamento antirretroviral regular, apresentando carga viral não detectada, iniciou um quadro clínico caracterizado por febre, astenia, mialgia, artralgia, náuseas, vômitos, cefaleia e inapetência. Após três dias, evoluiu com dor abdominal intensa, levando-o a procurar atendimento de urgência. Durante a avaliação, foi observada elevação das transaminases (TGP: 2419, 4683 e 6506; TGO: 971, 2768, 6678), sugerindo possível lesão hepática associada à arbovirose. Foi orientado a manter hidratação domiciliar e retornar para acompanhamento laboratorial. Dois dias após, o paciente apresentou piora do quadro (TGP 6678; BT 6,8), com agravamento da dor abdominal, inapetência, febre, colúria e icterícia, sendo recomendado internamento hospitalar. Após onze dias internado, o paciente evoluiu com melhora do quadro clínico e alta hospitalar.

Conclusão

Esse relato de caso destaca a importância da vigilância ativa e do manejo precoce da dengue em pessoas vivendo com HIV, especialmente quando há sinais de comprometimento hepático. A abordagem integrada, envolvendo diferentes especialidades médicas é essencial para garantir um desfecho clínico satisfatório e prevenir complicações graves em casos semelhantes.

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