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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-338 - COMPRESSÃO MEDULAR POR LINFOMA NÃO HODGKIN EM PVHIV: RELATO DE CASO
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Larissa Fagundes de Paula, Samanta de Abreu Gonçalves, Isaías Mendes da Silva Júnior, Jaqueline Pereira da Silva, Juvencio José Furtado
Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Santo André, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Entre pessoas vivendo com HIV (PVHIV), o risco de desenvolver um Linfoma não Hodgkin, como o Linfoma de Burkitt (LB), é 11.15 vezes maior que na população geral. No entanto, a compressão medular por LB é uma apresentação clínica rara.

Objetivo

Esta busca auxiliar profissionais da saúde a identificar casos de LB no Sistema Nervoso Central (SNC) em PVHIV, que possui alta mortalidade e baixa qualidade de vida após diagnóstico.

Método

Relato de caso e revisão da literatura.

Resultados

Paciente do sexo masculino, 41 anos, iniciou em 14/12/2023 quadro de lombalgia acompanhado de dor e parestesia em membros inferiores, evoluindo com paraplegia, retenção urinária e constipação intestinal após dez dias, quando foi internado em hospital público em São Bernardo do Campo - SP. Durante a internação, evoluiu com melhora espontânea dos sintomas. Foi realizado exame de líquido cefalorraquidiano (LCR) que demonstrava apenas hiperproteinorraquia (proteína 182 mg/dL). Realizada ressonância nuclear magnética (RNM) de crânio e coluna total, que demonstrava hipersinal inespecífico em corpos vertebrais. Quando diagnosticado com HIV com carga viral de 2.270.000 cópias e CD4 43, foi transferido a hospital de referência em infectologia (04/01/2024) onde foram notados hepatoesplenomegalia e linfonodomegalias, e realizada biópsia de linfonodo axilar. Já em programação de alta hospitalar, devido a melhora clínica, paciente apresentou quadro súbito de febre, paraparesia e hipoestesia, evoluindo em dois dias com paraplegia, retenção urinária e constipação intestinal. Realizada nova RNM, que demonstrou lesões expansivas intradurais e extramedulares, com compressão medular; e nova coleta de LCR: viscoso, 1 célula, 8 hemácias, proteínas 716 mg/dL, glicose 40 mg/dL, citologia oncótica com numerosos linfócitos (devido a escassez de material, imunofenotipagem não foi feita). Com hipótese diagnóstica de linfoma, foi iniciada dexametasona e terapia antirretroviral (TARV), mas paciente evoluiu com disautonomia, síndrome de lise tumoral e óbito. Posteriormente o resultado da biópsia demonstrou proliferação linfocitária atípica, com imunohistoquímica sugestiva de linfoma B de alto grau - Linfoma de Burkitt.

Conclusão

O LB possui 3 subtipos, endêmico, esporádico e associado à imunodeficiência. Na última forma o acometimento do SNC é fator independente de mau prognóstico, sobretudo se associado a CD4 < 100. É importante ressaltar que essa forma de LNH é de difícil diagnóstico na histopatologia, sendo importante a imunohistoquímica.

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