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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-317 - DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA LAMP COM INDICADOR COLORIMÉTRICO PARA DETECÇÃO DO GENE FOSA EM ISOLADOS BACTERIANOS DE INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO.
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Letícia Silva Figueiredo, Nazareno Scaccia, Inneke Marie Van Der Heijden Natário, Silvia Figueiredo Costa
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A resistência bacteriana aos antibióticos tornou-se um problema emergente de saúde pública mundial podendo chegar a 10 milhões de mortes diretamente relacionadas até 2050.

Objetivo

Validar a reação LAMP para o gene de resistência à fosfomicina (fosA) em isolados bacterianos de origem urinária resistentes e comparar o desempenho da técnica de LAMP colorimétrico com o padrão ouro (PCR convencional) para o gene fosA.

Método

Os isolados de uropatógenos resistentes à fosfomicina foram coletados de pacientes atendidos em uma das 34 UBSs do município de São Bernardo do Campo (SP) e os dados foram obtidos através do sistema Matrix Diagnosis®. Os testes de suscetibilidade para fosfomicina foram feitos pelos métodos de ágar diluição e disco-difusão, padronizados pelo BRCAST. Foram identificados 158 uropatógenos resistentes à fosfomicina por método clássico e caracterizados por MALDI-TOF. A metodologia LAMP previamente descrita por Lahiri foi adaptada para o incluir o uso do indicador colorimétrico, calceína. PCR foi aplicado para verificar a presença do gene fosA e a análise dos produtos do LAMP em gel de agarose a 1,5%.

Resultados

A padronização do PCR qualitativo para o gene fosA foi concluída e aplicada nos 158 isolados resistentes à fosfomicina, dos quais 70 amostras foram positivas e 88 negativas para o gene fosA. O protocolo LAMP foi padronizado em amostra fosA positivo previamente caracterizado pelo método de sequenciamento do genoma completo (WGS), Klebsiella pneumoniae, cepa LIM1738 (GenBank accession number: QEFV00000000.1) testando diferentes concentrações de primers e MgSO4 para estabelecer o protocolo e também em diferentes tempos de reação e temperaturas para definir os parâmetros. O uso da calceína como indicador colorimétrico da reação LAMP está em fase de desenvolvimento. O desempenho do novo LAMP colorimétrico será avaliado em comparação aos resultados obtidos com a PCR para gene fosA a fim de estabelecer o limite de detecção e a especificidade dos novos protocolos desenvolvidos.

Conclusão

Esse estudo possibilitou validar a metodologia LAMP para detecção do gene fosA em isolados uropatógenos resistentes a fosfomicina, uma metodologia aplicável em campo que possibilita um resultado rápido, já que possui a vantagem da discriminação visual do resultado e com menor custo agregado em comparação a outros métodos moleculares por utilizar-se apenas de aparelhos portáteis, que garantem a temperatura isotérmica facilitando sua aplicabilidade em campo e diminuindo assim, custos na atenção primária.

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