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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-313 - EXPERIÊNCIA DO DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE LEPTOSPIROSE EM PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL DAS CLINICAS DA FMUSP
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Gustavo Guilherme Soares-Viana, Ana Catharina de Seixas Santos Nastri, Marcos Bryan Heinemann, João Renato Rebello Pinho, Michele Soares Gomes-Gouvêa
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A leptospirose, uma zoonose disseminada por animais através da urina, é uma preocupação global em saúde pública, especialmente em áreas tropicais. Os exames mais comuns para diagnóstico da leptospirose são os sorológicos, que somente são eficientes para o diagnóstico da doença na fase tardia. A utilização da PCR em tempo real tem se mostrado extremamente importante para diagnóstico rápido e precoce da doença em pacientes com suspeita clínica.

Objetivo

Este estudo visou a aplicação da metodologia de PCR em tempo Real para o diagnóstico de leptospirose em casos com critérios clínicos e/ou epidemiológicos sugestivos dessa infecção.

Método

De Janeiro/2023 a Abril/2024 foram incluídos 20 pacientes que deram entrada no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) apresentando febre, cefaleia e mialgia e pelo menos um dos critérios de caso suspeito de leptospirose estabelecidos pelo guia de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde. Amostras de sangue total com EDTA, plasma, soro e urina foram coletadas e encaminhadas para o processamento. Foram utilizados kits comerciais para a extração de DNA e para a PCR em tempo real foi utilizado o sistema TaqMan® com primers e sondas específicos para leptospiras patogênicas a humanos.

Resultados

O DNA de leptospira foi detectado em amostras de 9 (45%) dos 20 pacientes incluídos, o tempo de doença variou de 5 a 15 dias. Para fins de comparação da sensibilidade da PCR em diferentes tipos de amostras foram testadas amostra de soro, sangue total, plasma e urina. Entre os 20 casos incluídos, de 9 foram coletados os diferentes tipos de amostras, sendo o DNA bacteriano detectado em alguma das amostras analisadas de 4 desses casos: todos apresentaram positividade na amostra de urina, 2 apresentaram positividade também nas amostras de soro e sangue total, e 1 apresentou positividade na amostra de plasma, além da urina. Pelo ciclo de amplificação observado em cada amostra é possível sugerir a presença de maior concentração de bactérias nas amostras de urina.

Conclusão

Embora o principal objetivo do uso do método molecular seja para diagnóstico da leptospirose na fase de leptospirêmica (fase precoce da infecção), este estudo demostrou que a utilização dessa ferramenta como diagnóstico da infecção auxilia também na fase tardia (fase imunológica). Além disso, os resultados observados até o momento sugerem que a urina é a melhor amostra a ser analisada para diagnóstico especialmente na fase tardia.

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