14° Congresso Paulista de Infectologia
More infoA infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é a mais comum entre as infecções sexualmente transmissíveis, afetando aproximadamente 80% da população sexualmente ativa no mundo. Essa infecção está intimamente ligada às lesões precursoras do câncer cervical, resultando em alterações histopatológicas no colo do útero. A infecção pelos subtipos de alto risco, juntamente com o diagnóstico tardio das lesões, aumentam o risco de desenvolvimento de neoplasias.
ObjetivoEste estudo visa realizar uma análise quantitativa e temporal das alterações histopatológicas no colo do útero no período de 2014 a 2023 no Estado de São Paulo.
MétodoTrata-se de um estudo transversal e quantitativo, a partir da análise de dados do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN/DATASUS) sobre alterações histopatológicas no colo do útero entre 2014 e 2023 no Estado de São Paulo. Foram incluídos perfil étnico de pacientes e faixa etária de 10 a 79 anos e mais. Os dados foram analisados por meio dos softwares Jamovi e Microsoft Excel.
ResultadosEntre os períodos de 2014 a 2023, foram notificadas 20.658 alterações histopatológicas no colo do útero no Estado de São Paulo. A maior prevalência foi na faixa etária de 30 a 39 anos (32%), seguido pelo grupo de 20 a 29 anos (27,7%). A lesão precursora com maior frequência foi a NIC 1 (44,46%). O ano com maior incidência de alterações foi 2018, com 2.477 laudos. Em relação ao grupo étnico, pacientes brancas possuem maiores prevalências nas alterações cervicais histopatológicas, com 13.134 laudos (63,57%).
ConclusãoObserva-se que complicações graves relacionadas ao HPV possuem progressão lenta, logo, o diagnóstico precoce das alterações histopatológicas no colo do útero é crucial para prevenir o câncer cervical.