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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-307 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE SÃO PAULO
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Érika Vilharba
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Campus Bauru, Bauru, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pelo Treponema pallidum em seu primeiro momento assintomática, com possibilidade de transmissão vertical possuindo caráter de notificação compulsória desde 1986. Responsável por causar inúmeras afecções em menores de um ano de vida, como abortos, prematuridade e baixo peso ao nascer.

Objetivo

O objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico da sífilis congênita no estado de São Paulo, identificando quais os grupos de maior vulnerabilidade para esta doença.

Método

Trata-se de uma revisão narrativa, selecionando artigos dos últimos 5 anos na base de dados LILACS, Scielo e o Boletim Epidemiológico de Sífilis 2023. Foi utilizado como critério de inclusão artigos que discutiam o perfil epidemiológico da sífilis congênita e gestacional no Brasil e no Estado de São Paulo.

Resultados

No Brasil de 2017 a 2022 foram notificados 537.401 casos de sífilis gestacional, destes 44,0% evoluíram para sífilis congênita. Já em 2022 houve 83.034 casos em gestantes com a doença, atingindo uma taxa de incidência de 32,4 casos/1.000 nascidos vivos (NV). Dados mais recentes evidenciam que no Estado de São Paulo em 2022 foram notificados 18.702 casos na gestação (36,5/1.000 NV) com 24,0% evoluindo para infecção transplacentária (8,9/1.000 NV). Número ainda bem distante da meta estabelecida pela OMS de 0,5/1.000 NV. Houve maior incidência de sífilis congênita em filhos de mães com idade entre 20 e 29 anos (58,9%), seguida de mães adolescentes de 10 à 19 anos (19,0%), em sua maioria autodeclaradas pardas. A classificação do item escolaridade sofreu interferência de análise, pois 30% das fichas preenchidas tiveram este item ignorado. Como fator de risco para sífilis congênita o não tratamento da parceria sexual, item este não mais obrigatório para classificação de sífilis adequadamente tratada, além da não adesão ao uso de preservativo favorecendo a reinfecção e o aumento das chances de transmissão transplacentária.

Conclusão

Evidencia-se alta incidência de sífilis congênita no estado de São Paulo, onde o grupo de maior vulnerabilidade são mulheres jovens, autodeclaradas pardas com parcerias sexuais não tratadas. Sendo identificado a grande importancia do preenchimento adequado das fichas de notificação, para que haja a possibilidade de um melhor detalhamento das características epidemiológicas da doença, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento de medidas preventivas contra tal afecção.

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