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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS – IST
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EP-306 - CAMINHOS DE RESILIÊNCIAS: VIVÊNCIAS MATERNAS NO ENFRENTAMENTO DA SÍFILIS CONGÊNITA E O PAPEL DAS REDES DE APOIO
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Natália Maria V. Pereira Caldeira, Nayara Gonçalves Barbosa, Flavia Azevedo Gomes-Sponholz, Lucila Nascimento Castanheira, Ana Lúcia de Lima Guedes, Fernanda Maria V. Pereira Ávila, Giovanna Cristina Machado-Kayzuka, Talia Fernandes Almeida
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A sífilis congênita é um problema de saúde pública significativo, podendo levar a diversos desfechos perinatais desfavoráveis e sequelas graves para a criança. No Brasil, os casos de sífilis congênita e gestacional continuam aumentando, destacando a necessidade de diagnóstico, tratamento e prevenção oportunos. A falta de acompanhamento adequado durante o pré-natal pode resultar em desfechos indesejados para o neonato, como hospitalização prolongada e impactos no neurodesenvolvimento. Apesar de muitos estudos se concentrarem nos aspectos clínicos da sífilis congênita, há uma lacuna na compreensão das experiências maternas, especialmente em relação aos aspectos afetivos e psicológicos. A importância das redes de apoio também é subestimada neste contexto, apesar de seu potencial para mitigar os efeitos da sífilis congênita.

Objetivo

Conhecer as vivências de mães de crianças com sífilis congênita frente ao diagnóstico e hospitalização da criança.

Método

Estudo descritivo, de abordagem qualitativa, fundamentado no conceito das redes de apoio social. Após aprovação ética, foram realizadas entrevistas individuais e semiestruturadas, submetidas à análise de conteúdo. Foram incluídas 14 mães de crianças com sífilis congênita em acompanhamento ambulatorial em um serviço de referência.

Resultados

Identificou-se a culpa da mulher e sua responsabilização pela transmissão da sífilis congênita. As mulheres vivenciaram sentimentos de tristeza, dúvidas em relação ao filho, a concepção equivocada de tratar-se de uma doença incurável e o medo da morte da criança. A vivência da sífilis congênita foi permeada por estigma e preconceitos. A internação da criança foi um momento de choque, sobretudo diante da separação da criança, e da necessidade de realização de procedimentos invasivos. A perspectiva de melhora da criança, bem como o reconhecimento dos benefícios do tratamento, atrelado a fé e conformação de uma rede de apoio foram fundamentais no processo de superação.

Conclusão

A presença da rede de apoio na jornada de enfrentamento da sífilis congênita é capaz de modular a experiência materna da doença, apontando para a necessidade de educação em saúde e ações mais inclusivas no contexto de saúde materno-infantil, desde o pré-natal.

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