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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-301 - INVESTIGAÇÃO DE UM SURTO DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS) POR LEGIONELLA PNEUMOPHILA EM UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA
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Daniela Vieira da Silva Escudero, Diogo Boldim Ferreira, Dayana Souza Fram, Agda Vinagre Braga, Bianca Luise Teixeira, Aline Fernanda Rodrigues Sereia, Luis Fernando Camargo Aranha, Ana Cristina Gales, Eduardo Servolo Medeiros
Hospital São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Legionella pneumophila, bactéria aeróbia Gram-negativa, considerada importante agente de pneumonia grave em pacientes imunossuprimidos, com alta taxa de letalidade e pode se tornar um problema quando se prolifera em sistemas de água de hospitais ocasionando surtos.

Objetivo

Caracterização clínica, epidemiológica e dos fatores de risco relacionados aos casos de IRAS em surto por L. pneumophila em unidade de transplante de medula óssea (TMO).

Método

Estudo caso-controle em unidade de TMO de um hospital de ensino da cidade de São Paulo, de jan/2020-dez/2023. Considerados Casos pacientes com diagnóstico confirmado de IRAS por L. pneumophila, critérios CDC, e Controle pacientes internados por no mínimo 48h no mesmo período considerado como de possível relação com a transmissão da Legionella para cada caso (14 dias antes do início dos sintomas), em fase de condicionamento ou até D+30, sem diagnóstico de legionelose. Selecionados 2 controles para cada caso. Significância estatística considerada p < 0,05. Identificação do agente no ambiente por pesquisa molecular com metagenômica, técnica de detecção de amplicon.

Resultados

Foram identificados 8 casos de IRAS por L. pneumophila, sendo um caso em 2020 e 2021, quatro em 2022 e dois em 2023, todos através de teste de antígeno urinário. 75% eram do sexo feminino, idade média de 52 anos. Todos foram transplantados por neoplasias hematológicas (62,5% com leucemia mieloide aguda), sendo 75% alogênicos aparentados. O intervalo entre o transplante de células tronco hematopoiéticas e a legionelose foi em média 9 dias, os principais sintomas apresentados: febre (100%), dispneia (87,5%), tosse (62,5%), dor torácica (62,5%) e diarreia (62,5%). Todos apresentaram pneumonia, sendo a imagem de consolidação (100%), derrame pleural (62,5%) e vidro fosco (62,5%) as alterações mais frequentes nas imagens. Todos receberam terapia combinada com levofloxacina e macrolídeo. Um paciente foi transferido para unidade de terapia intensiva e necessitou de ventilação mecânica. Não ocorreu óbito. Como fator de risco, identificado apenas a internação em quarto C (p = 0,001), local onde foi encontrada L. pneumophila em chuveirinho do banheiro por técnica de metagenômica. Neutropenia grave mostrou-se como um possível fator de risco (p = 0,054).

Conclusão

O ambiente mostrou-se importante fator associado aos casos de legionelose. Contudo, devido ao número reduzido de casos não identificamos outros fatores, sendo apenas a neutropenia grave um fator de risco possivelmente relacionado ao paciente.

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