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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-302 - AVALIAÇÃO ETIOLÓGICA DA INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA LABORATORIAL (IPCSL) RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM PERÍODO PRÉ, DURANTE E PÓS-PANDEMIA DE SARSCOV-2 EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) DE UM HOSPITAL PÚBLICO NO ESTADO DE SÃO PAULO
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Aline Santos Ibanes, Sayonara Scota, Aline Aparecida Carneiro de Souza, Raquel Keiko de Luca Ito, Caroline Thomaz Panico, Regia Damous Fontenele Feijó, Yu Ching Lian, Nilton José Fernandes Cavalcante
Instituto de Infectologia Emílio Ribas, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A escassez de leitos, profissionais de saúde e de insumos para a higiene de mãos e paramentação, além do uso inadequado de antimicrobianos durante a pandemia, podem ter contribuído para o aumento expressivo das infecções associadas à assistência à saúde, permitindo a seleção de outros microrganismos.

Objetivo

Comparar a incidência das infecções primárias de corrente sanguínea laboratorial associadas ao uso de cateter venoso central (IPCSL-CVC) e os principais microrganismos prevalentes antes, durante e após a pandemia de COVID-19 em UTI especializada.

Método

Estudo retrospectivo em Hospital público Estadual especializado em infectologia. Avaliadas notificações de IPCSL-CVC (de acordo com os critérios diagnósticos da Anvisa) entre 2018 a 2023. Comparativo da incidência das IPCSL-CVC e seus respectivos microrganismos no período de 2018-2019 (pré-pandemia), 2020-2022 (quando a instituição passou a ser referência em Covid-19) e 2023 (pós-pandemia). Para pacientes com dois ou mais dispositivos concomitantes, foi considerado o mais antigo e/ou com crescimento microbiano.

Resultados

Dos 451 pacientes com IPCSL-CVC, 113 infecções foram associadas ao uso de cateteres para hemodiálise. A incidência de IPCSL-CVC (CVC-dia) no período do estudo foi de: 19,1 de 2018 a 2019; 15,1 de 2020 a 2022 e 12,9 em 2023. Os principais agentes isolados no período pré-pandemia foram: Staphylococcus coagulase negativo - SCN (25,7%), A. baumannii (14,9%), K. pneumoniae (10,8%) e Candida não albicans (10,8%). Durante a pandemia, os microrganismos mais frequentes foram: SCN (26,1%), Enterococcus spp. (13,3%), A. baumannii (11,8%) e K. pneumoniae (10,8%), com o aparecimento de casos de P. aeruginosa (7,5%) e S. maltophilia (1,8%). Em 2023, os principais agentes identificados foram SCN (32,6%), Enterococcus spp. (20,9%), Candida não albicans (11,8%), A. baumannii (9,3%) e K. pneumoniae (9,3%).

Conclusão

Embora a incidência de IPCLS-CVC tenha sido maior antes da pandemia, houve redução expressiva em 2023. Durante a pandemia, houve aumento dos casos de Enterococcus spp., P. aeruginosa e S. maltophilia, em comparação com o período anterior. Em 2023, houve um aumento progressivo das infecções por Enterococcus spp. e Candida não albicans. O ambiente hospitalar pode contribuir para a propagação de microrganismos, caso não sejam seguidas as boas práticas de prevenção de infecções e de uso racional de antimicrobianos.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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