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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-294 - PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV EM SERVIÇO TERCIÁRIO: ANÁLISE RETROSPECTIVA DE 5 ANOS
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Gabriel Ramalho Jesus, Juliana Cazarotto, Lucas Cabrini Gabrielli, Renata Teodoro Nascimento, Karen Mirna Loro Morejon, Patricia P.S. Melli, Renata Abduch, Geraldo Duarte, Silvana Maria Quintana, Valdes Roberto Bollela
Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Conforme a Organização Mundial da Saúde, eliminar a transmissão vertical do HIV é uma meta a ser atingida até 2030. Para isso, a qualidade da assistência e da formação técnica em saúde nos serviços e a disponibilidade de tratamento adequado para o binômio materno-fetal são fundamentais.

Objetivo

Avaliar a carga viral, a contagem de células CD4 e a adesão à terapia antirretroviral entre gestantes, além dos indicadores de transmissão em serviço terciário de assistência pré-natal.

Método

Neste estudo, observou-se o cuidado às gestantes que vivem com HIV/AIDS. Foram revisados dados clínicos de prontuários médicos no período de 5 anos, com foco no seguimento clínico dessas mulheres e nos indicadores de transmissão vertical. Essa assistência foi desenvolvida em um serviço hospitalar terciário, com participação interdisciplinar das equipes de Infectologia, Obstetrícia, Psicologia e Psiquiatria e com objetivo de oferecer suporte integral a essas mulheres.

Resultados

Foram identificadas 41 gestantes com diagnóstico de HIV. Dentre essas mulheres, 7 (17%) descobriram a infecção por sorologia positiva durante os primeiros exames de pré-natal, com início imediato do cuidado e da TARV. No primeiro teste de seguimento, 51% das gestantes apresentaram carga viral detectável (maior que 40 cópias) e 26% apresentaram CD4 < 350, indicador de imunossupressão acentuada. Durante o período estudado, foi visto que a adesão a TARV foi adequada em 77% e a carga viral final foi indetectável ou menor que 40 cópias em 85% das pacientes, com apenas 3 (7,6%) pacientes acima de 400 cópias. Houve abandono de seguimento pré-natal por 2 mulheres. O parto foi realizado conforme protocolos institucionais - via de parto definida conforme carga viral na 34ª semana e condições obstétricas, sendo parto cesárea em 50% dos casos. Realizou-se AZT intravenoso para gestante e neonato se carga viral detectável. Com relação a transmissão vertical do HIV, não se identificou nenhum caso após realização de exames sorológicos e seguimento por 18 meses da criança.

Conclusão

Demonstra-se que o cuidado integral às gestantes que vivem com HIV pode determinar a eliminação da transmissão vertical. Ressalta-se também a importância da estruturação dos serviços de atenção à saúde para esse objetivo. Além disso, observa-se uma alta adesão das pacientes à TARV durante o período gestacional e o seguimento após a gestação é fundamental para manter a vinculação ao tratamento.

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