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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-264 - FATORES DE RISCO DE LETALIDADE EM PACIENTES INTERNADOS COM COVID-19
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Isabella Gerin Oliveira, Esther Lira Medeiros, Anamaria Alves Napoleão, Sigrid de Sousa Santos
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil
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14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O novo coronavírus (SARS-CoV-2) causou uma pandemia de grande impacto na saúde pública. A gravidade da doença levou a um aumento do número de internações hospitalares com necessidade de cuidados intensivos e demanda de suporte respiratório invasivo. Houve necessidade de preparo das instituições para ofertar uma assistência com segurança e qualidade. Entender os fatores associados ao pior prognostico pode definir estratégias de alocação de recursos.

Objetivo

O presente estudo teve como objetivo avaliar potenciais fatores de risco relacionados à letalidade em indivíduos adultos internados por COVID-19 em hospital público universitário, no período de março/2020 a fevereiro/2021.

Método

Estudo observacional do tipo coorte de pacientes adultos internados com COVID-19 no HU-UFSCar no período de março de 2020 e fevereiro de 2021. Foram avaliadas as características sociodemográficas, clínicas e referentes à assistência à saude associadas com o desfecho da internação (alta/óbito). A coleta de dados foi realizada em prontuário utilizando formulário eletrônico (REDCap). O bando de dados foi exportado para planilha do programa Microsoft Excel® e avaliados no software Epi Info 7.

Resultados

A amostra foi composta por 349 indivíduos. A letalidade por COVID-19 foi de 15,3%.Na análise univariada as características associadas à letalidade foram sexo masculino (OR2,36), a idade mais avançada (OR1,07 por ano de aumento), escolaridade ≤ primeiro grau (OR2,00), procedencia de outro município (OR2,82), doença neurológica (OR2,60), doença cardiovascular (OR1,92), DPOC (OR3,87), tabagismo (2,26), doença do TGI (OR3,91), doença renal (6,04), disturbio hidreletrolitico (OR8,13), edema (OR7,55), necessidade de contenção química (OR50,88), de analgesia com opióides (3,97), necessidade de máscara de O2 (OR4,28) ou de ventilação mecânica invasiva (OR9,17), necessidade de controle glicêmico (OR6,11), choque (OR12,21). Na análise multivariada, permaneceram no modelo procedencia de outro município (4,15), doença renal (OR4,20), distúrbio hidroeletrolítico (OR 3,42), uso de drogas sedativas/anestésicas (OR 11,71), uso de ventilação mecânica invasiva (OR 3,92).

Conclusão

A letalidade parece ter sido influenciada pela maior gravidade, mas também pela falta de recursos com provável espera para transferencia entre municípios e em pacientes com maior dificuldade de manutenção do balanço hidreletrolitico.

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