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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-265 - INJÚRIA RENAL AGUDA NAS DIFERENTES ONDAS DA PANDEMIA DE COVID19
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Jéssica da S. Camarinha Oliveira, Maria Giullia Valsecchi, Victor Pacheco Checeti, Mariana Batista Pereira, Benedito Jorge Pereira
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), São Paulo, SP, Brasil
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O COVID-19 foi identificado na China em dezembro de 2019 e provocou uma pandemia, com mais de 23 milhões de casos confirmados e 800.000 óbitos em todo o mundo, em agosto de 2020. A Injúria renal aguda (IRA) foi uma complicação comum entre pacientes graves hospitalizados com COVID-19, associada a um pior prognóstico. No Brasil, o COVID-19 evoluiu de forma assimétrica, formando 3 diferentes ondas: a primeira onda entre 23 de fevereiro de 2020 e 07 de novembro de 2020; a segunda, entre 08 de novembro de 2020 e 25 de dezembro de 2021 e a terceira, entre 26 de dezembro de 2021 e 21 de maio de 2022. A primeira onda foi intermediária na quantidade de casos, quando comparada com a segunda, que foi a mais volumosa e a terceira foi a menor.

Objetivo

Descrever a prevalência, a gravidade e a mortalidade dos pacientes internados com COVID-19 que apresentaram IRA nas 3 ondas da pandemia do COVID-19 em um hospital terciário de São Paulo.

Método

Estudo clínico observacional e retrospectivo, utilizando dados de pacientes internados com suspeita de COVID-19 e diagnóstico de IRA, acompanhados pelo serviço de Nefrologia de março de 2020 a maio de 2022 no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - IAMSPE. Para comparar as diferentes ondas de infecção por COVID-19, foram usados os testes de qui-quadrado ou Anova.

Resultados

Foram incluídos 1206 casos, sendo 467 na 1a onda, 673 na 2a onda e 66 na 3a onda. A média de idade dos pacientes durante 1a onda foi 69 anos (61-77), na 2a onda foi 68 anos (60-75), enquanto na 3a onda foi 73 anos (65-81) (p < 0.001). Do total dos pacientes, 62% correspodiam ao sexo masculino. Na 1a onda, 71.9% necessitaram de unidade de terapia intensiva - UTI, 73.7% utilizaram ventilação mecânica - VM e 61.5% precisaram de terapia de suporte renal - TRS; na 2a onda, 75.9% necessitaram de UTI, 80.5% VM, 66.6% TRS e na 3a onda, 54.5% necessitaram de UTI, 54.5% VM e 47% TRS (p < 0.001). As mortalidades encontradas foram 68.1% na 1a onda, 75.5% na 2a e 61.5% na 3a onda (p = 0.004).

Conclusão

A segunda onda da pandemia de COVID-19 foi a mais longa, apresentando maior número de pacientes com IRA, assim como maior necessidade de UTI, VM e TRS, o que provavelmente contribuiu para a maior taxa de mortalidade observada nessa onda. A terceira onda foi a mais curta e, embora tenha acometido pacientes mais idosos, foi menos grave, refletindo provavelmente o avanço da vacinação.

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