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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-256 - IMPACTOS DO VÍRUS DA ZIKA NA FERTILIDADE MASCULINA
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Laura Vale Farao, Rubén Darío Soares Núñez, Heloísa Rodrigues Marmé, Giovanna Nardozza Martinez Reis, Alessandro Vengjer
Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES), Santos, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O vírus Zika (ZIKV), pertencente ao gênero Flavivirus, é conhecido por ser transmitido principalmente pela picada de mosquitos do gênero Aedes. Entretanto, também foi observado que o vírus pode ser transmitido por via sexual e permanecer no sistema reprodutor masculino, como exemplificado por um caso em que o material genético viral foi detectado por mais de 400 dias. Essa constatação levanta discussões sobre seus potenciais efeitos e seu possível impacto na fertilidade masculina. Urge, portanto, uma melhor compreensão das implicações da infecção por ZIKV no sistema reprodutor masculino.

Objetivo

Analisar as consequências da infecção pelo vírus Zika no sistema reprodutor masculino, particularmente no que diz respeito à fertilidade masculina.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em março de 2024, a partir da base de dados eletrônicos PubMed. Para a busca foram estabelecidos os seguintes descritores: "Zika Virus", "Infertility, male". Os critérios de inclusão foram: artigos publicados na íntegra, período entre 2015 e 2024 e nos idiomas Português, Inglês e Espanhol. Ao final da análise foram selecionados 05 artigos para desenvolver o presente estudo.

Resultados

As alterações identificadas no sêmen de pacientes infectados pelo ZIKV abrangem uma redução na contagem total de espermatozoides e um aumento nas anormalidades espermáticas. Essas mudanças sugerem danos diretos aos órgãos reprodutores masculinos, como testículos e epidídimo, os quais desempenham papeis cruciais na produção e maturação dos espermatozoides. Além disso, essas alterações podem afetar células essenciais envolvidas no processo de espermatogênese, como as células de Sertoli e Leydig. Ainda, aponta-se uma potencial indução de resposta autoimune contra os próprios espermatozoides, devido à supressão da imunotolerância fisiológica característica dos testículos. Essa condição pode resultar na formação de anticorpos antiespermatozoides (AAS), com consequente redução da fertilidade masculina.

Conclusão

A infecção pelo vírus Zika e sua influência na fertilidade masculina ainda é um campo de pesquisa emergente, compreender os mecanismos imunológicos envolvidos é essencial para desenvolver estratégias preventivas e terapêuticas. Os ensaios clínicos em curso sobre terapias antivirais e vacinas oferecem esperança para tratar não apenas os sintomas imediatos da infecção, mas também possíveis complicações, incluindo impactos na fertilidade masculina.

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