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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: ARBOVIROSES
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EP-255 - VÍRUS CHIKUNGUNYA: IMPACTOS E IMPLICAÇÕES NA SAÚDE OCULAR
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Laura Vale Farao, Rubén Darío Soares Núñez, Heloísa Rodrigues Marmé, Giovanna Nardozza Martinez Reis, Deborah Christine Rodrigues Soares
Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES), Santos, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O vírus Chikungunya (CHIKV), pertencente ao gênero Alphavirus, é transmitido principalmente pela picada de mosquitos fêmeas do gênero Aedes. Além dos sintomas típicos, como febre, dores articulares e musculares, e erupções cutâneas, há evidências de que este arbovírus pode afetar o sistema ocular. Nesse contexto, é fundamental compreender de que maneira os olhos podem ser um local de acometimento, podendo influenciar desfechos clínicos importantes.

Objetivo

Descrever as possíveis consequências oftalmológicas decorrentes da infecção pelo vírus Chikungunya.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, feita em abril de 2024, a partir das bases de dados eletrônicas Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scielo e PubMed. Para a busca foram estabelecidos os descritores: "Chikungunya virus’’ e "Ophthalmology’’. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados na íntegra, entre 2014 e 2024 e idiomas Português, Inglês e Francês. Ao final, foram selecionados 05 artigos para desenvolver o presente estudo.

Resultados

Os sintomas oculares podem ser observados na fase aguda ou crônica da doença. A fisiopatologia envolvida ainda não está totalmente elucidada, porém, entende-se que o vírus pode desencadear reações autoimunes através de diversos mecanismos, resultando em danos e disfunções teciduais por apoptose e inflamação. As manifestações oftalmológicas podem afetar o segmento anterior e posterior do olho. No segmento anterior, os principais achados incluem fotofobia, dor orbitária retrobulbar, conjuntivite e uveíte anterior bilateral, frequentemente associada a precipitados ceráticos pigmentados e hipertensão ocular. Já o envolvimento do segmento posterior pode resultar em coroidite, retinite, neurorretinite e neurite do disco óptico. O tratamento é essencialmente sintomático, sendo a terapia com esteroides reservada a casos de uveíte posterior, panuveíte e neurite óptica. Apesar das implicações oculares e retinianas, os pacientes geralmente apresentam um prognóstico visual favorável, sem sequelas significativas.

Conclusão

A análise dos impactos e implicações do vírus Chikungunya na saúde ocular revela uma interação complexa entre a infecção viral e os sistemas oculares. Os sintomas oftalmológicos podem ser variados e complexos, com potenciais associações com reações autoimunes. Embora o tratamento seja principalmente sintomático, com esteroides reservados para casos mais graves, o prognóstico visual geralmente é favorável.

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