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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-253 - DIABETES INSÍPIDOS APÓS NEUROTUBERCULOSE EM PESSOA VIVENDO COM HIV: UM RELATO DE CASO
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Paula Leite, Adriane Gomes, Layanne Paz, Gabryela Couto, Carlos Eduardo Padilha, Manuela Fé, Amanda Furtado, Raissa Nunes
Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A diabetes insípidos resulta da disfunção da neurohipófise em liberar arginina vasopressina, levando à polaciúria, polidipsia e hipernatremia. Pode ser uma afecção genética ou, como na maioria dos casos, adquirida, secundárias à traumas, tumores, alterações vasculares ou infecções, dentre elas meningite tuberculosa (MT). Infecção esta, com prevalência em pessoas vivendo com HIV (PVHIV), e que tem como principais sintomas cefaleia, febre, vômitos, mudança de comportamento e alteração do sensório.

Objetivo

Relato de caso de PVHIV com diabetes insípidos secundário à meningite tuberculosa, buscando revisar as diversas manifestações da neurotuberculose, especialmente em PVHIV.

Método

I.G.S., sexo feminino, 51 anos, PVHIV diagnóstico recente, chega ao Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Pernambuco com quadro inicial de diarreia, náusea, vômitos, febre intermitente e perda de 15kg em 3 anos. Inicialmente diagnosticada com citomegalovírus e monilíase esofagiana e apresentando hipernatremia importante. Evoluiu com infecção de corrente sanguínea e choque séptico, seguido por lentificação, sendo realizada punção líquorica que apresentou teste molecular para tuberculose (geneXpert) positivo. Manteve hipernatremia persistente e, em nova anamnese, relatou polidipsia e polaciúria há cerca de 5 anos. Foi realizado tomografia seios nasais em rastreio infeccioso, em que foi visualizado sela túrcia parcialmente vazia, confirmada em ressonância magnética (RNM) de crânio. Foi realizado o teste com acetato de desmopressina (DDAVP) com boa resposta clínica, concluindo o diagnóstico de diabetes insípidos.

Resultados

Após descartar trauma e outras causas desencadeadoras de diabetes insípidos, a MT ficou como principal hipótese, mesmo com limitações como não haver RNM de crânio prévias e difícil temporalização do início dos quadros clínicos.

Conclusão

Conclui-se que apesar de ser uma afecção comum em PVHIV, deve-se atentar a diversas formas de manifestações e possíveis patologias desencadeadas pela MT. Ademais, a paciente evoluiu com melhora total após tratamento com terapia padrão para MT e com bom controle da diabetes insípidos após tratamento e acompanhamento com endocrinologia e adesão ao tratamento adequado.

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