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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-247 - PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS DEVIDO A INFECÇÃO PELO VÍRUS INFLUENZA COM CO-DETECÇÃO VIRAL NO BRASIL
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Matheus Negri Boschiero, Bianca Aparecida Siqueira, Ketlyn Oliveira Bredariol, Fernando Augusto Marson
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A co-detecção do vírus influenza e outros agentes virais é frequente e possui implicações significativas para a epidemiologia e o manejo do paciente.

Objetivo

Avaliar o perfil da co-detecção de outros vírus respiratórios em pacientes hospitalizados devido a influenza e descrever o desfecho dentre esses indivíduos.

Método

Foi realizada uma análise epidemiológica com os dados disponíveis na plataforma aberta denominada OpenDataSUS (https://opendatasus.saude.gov.br/). Coletaram-se dados de dezembro 2019 a abril 2023, ou seja, 3 anos desde o início da pandemia. Incluíram-se pacientes hospitalizados no Brasil devido a infecção pelo vírus influenza A ou pelo vírus influenza B e que apresentaram co-detecção para os seguintes agentes etiológicos: adenovírus, bocavírus, metapneumovírus, parainfluenza (1, 2, 3 e 4), rinovírus e vírus sincicial respiratório. Os seguintes marcadores foram avaliados: (i) sexo; (ii) idade; (iii) raça; (iv) local em que ocorreu a notificação; (v) local de residência; (vi) i infecção nosocomial; (vii) presença de comorbidades; (viii) sinais e sintomas; (ix) necessidade de UTI; (x) necessidade de suporte ventilatório e (xi) desfecho. A análise multivariada foi realizada utilizando-se o Modelo de Regressão Logística Binária com o método Backward Stepwise. Calculou-se o Odds Ratio com 95% intervalo de confiança (95%IC). Foi adotado um erro alfa de 0,05. Certificado de Apresentação de Apreciação Ética n° 67241323.0.0000.5514.

Resultados

O vírus influenza A foi detectado em 400 (83,9%) pacientes e o B em 77 (16.1%). A co-detecção foi comum com os seguintes vírus: VSR [253 (53,0%)] influenza B [77 (16,1%)], rinovírus [67 (14,0%)], adenovírus [64 (13,4%)], parainfluenza 1 [51 (10,7%)], parainfluenza 3 [25 (5,2%)], metapneumovírus [18 (3,8%)], parainfluenza 2 [17 (3,6%)], boca-vírus [16 (3,4%)] e parainfluenza 4 [7 (1,5%)]. Diversas características foram associadas a maior chance de óbito em pacientes hospitalizados com Influenza, como co-detecção de bocavírus (OR = 4,94 [95% IC = 1,09-17,66]), rinovírus (OR = 2,50 [95% IC = 1,11-5,63]) e raça, como negros, pardos, asiáticos e indígenas em relação aos brancos (OR = 3,08 [95% IC = 1,48-6,42). Outras características não foram significativas.

Conclusão

A co-detecção de outros vírus respiratórios em pacientes hospitalizados com influenza foi relativamente baixa, porém aquelas que apresentaram também co-detecção de bocavirus e rinovírus apresentaram maior chance de óbito.

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