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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-218 - O PAPEL DA COLETA DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE CHOQUE SÉPTICO EM PACIENTES COM FEBRE MACULOSA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DOS ÚLTIMOS 10 ANOS
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Evelyn Basilio da Silva, Rafael Augusto de Souza Santos, Ruan Gomez Carvalho Martins, Amanda Stefani Fernandes Donon, Carolaine Cristina Quirino, Ana Júlia Fragoso Dias Rodrigues, Maria Clara Caparroz Cassioti, Marcela dos Santos de Deus, Luah da Silva Ishikawa Manhani
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A febre maculosa é causada por uma bactéria intracelular obrigatória que apresenta tropismo importante para o endotélio vascular, sendo assim capaz de proporcionar uma vasculite sistêmica, ocasionando microtrombos, hemorragias e aumento da permeabilidade vascular. Com o avançar da infecção e a demora no diagnóstico e início do tratamento, a doença consegue desencadear choque séptico e levar à morte.

Objetivo

Analisar os possíveis fatores que levam a evolução para choque séptico em pacientes com febre maculosa nos útimos 10 anos.

Método

Foram avaliados os artigos que continham as palavras-chave "choque séptico febre maculosa" e "choque séptico febre maculosa das montanhas rochosas" nas plataformas de pesquisa: GOOGLE ACADÊMICO, BVS SAÚDE E PUBMED. Foram considerados aqueles publicados no período de 2014 a 2024, que abordaram a presença da evolução para choque séptico em pacientes previamente infectados pela febre maculosa. Foram excluídos os artigos e estudos que não contemplavam o objetivo do estudo, anteriores à data mínima ou que não continham ao menos o resumo disponível.

Resultados

Foram selecionados 35 artigos. Da análise de conteúdo explicativa emergiram três temas principais: (1) o quadro inicial apresenta-se de forma inespecífica, especialmente nos primeiros dias pós-infecção, com 6 trabalhos; (2) a coleta adequada dos dados epidemiológicos e a detecção da presença ou não da vivência do paciente em regiões endêmicas auxiliam no momento do diagnóstico, com 5 trabalhos; e, (3) o atraso do diagnóstico e início do tratamento específico contribui para o avanço da doença e aumenta a sua morbimortalidade, com 6 trabalhos. Totalizando 41 pacientes observados, destes 16 evoluíram para óbito.

Conclusão

É possível aferir que, devido ao quadro inicial inespecífico, especialmente nos primeiros dias, a identificação precoce da infecção por febre maculosa tem se mostrado a maior dificuldade dos profissionais da saúde. No entanto, por outro lado, a coleta assertiva dos dados epidemiológicos trazidos pelos pacientes, são os principais fatores que implicam diretamente para o diagnóstico preciso e início precoce do tratamento que é tão crucial para evitar o óbito desses indivíduos. Com isso, observa-se que, embora seja uma doença com profilaxia simples e vetor sabidamente bem conhecido, a anamnese adequada bem como o direcionamento correto sobre os sintomas - mesmo que inespecíficos -, é capaz de ser o ponto de virada entre a cura e o desenrolar do quadro crítico capaz de evoluir o paciente para a morte.

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