Journal Information
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Full text access
EP-200 - FATORES DE RISCO PARA A RESISTÊNCIA À POLIMIXINA B EM PACIENTES COM INFECÇÃO POR KLEBSIELLA PNEUMONIAE
Visits
43
Diego Cassola Pronunciato, Diogo Boldim Ferreira, Eduardo A. Medeiros
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Introdução

A resistência antimicrobiana é um dos maiores desafios no controle de infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS). Polimixina B é um antimicrobiano extensamente utilizado em pacientes com infecções por bactérias multirresistentes, atualmente esse fármaco é considerado como a última linha de tratamento, normalmente é o último antibiótico a perder sensibilidade contra bacilos Gram-negativos multirresistentes.

Objetivo

Neste estudo buscamos identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de infecções por Klebsiella pneumoniae resistentes à polimixina B.

Método

Identificamos de forma anonimizada as infecções por Klebsiella pneumoniae resistentes à polimixina por método de microdiluição, isoladas consecutivamente em hemoculturas no período de 01/01/2022 a 31/12/2022. Comparamos suas características clínicas com pacientes com isolados da mesma espécie, sensíveis à polimixina B. Estes dados foram analisados com probabilidade de significância (p < 0,05).

Resultados

Obtivemos 59 pacientes com hemocultura positiva para Klebsiella pneumoniae no total, sendo 33 (58,9%) sensíveis à polimixina B e 26 (41,1%) resistentes. Observamos que o fator de risco mais importante para o desenvolvimento destas infecções foi o uso prévio de carbapenêmicos (p = 0,003) e da própria polimixina B (p = 0,004), e também observamos como fatores de risco a internação em UTI (p = 0,025) e a presença de ventilação mecânica no momento da infecção (p = 0,001). Buscamos em dados de prontuário médico pacientes com infecções com esse perfil de resistência isoladas em hemoculturas, e comparamos suas características clínicas com pacientes com isolados da mesma espécie, sensíveis à polimixina B. O uso prévio de outros antimicrobianos e as comorbidades avaliadas não mostrou significância estatística para o desenvolvimento de K pneumoniae resistente à polimixina. A mortalidade no grupo sensível foi de 33,3% e no resistente, 69,2% (p = 0,006).

Conclusão

Os resultados obtidos demonstram que o uso prévio de polimixina B foi indutor de resistência. O uso de carbapenêmicos, internação prolongada em UTI e presença de dispositivos invasivos corroboram com o paciente de maior gravidade ser aquele com maior risco de desenvolvimento de resistência antimicrobiana. A identificação dos fatores de risco para resistência à polimixina B pode auxiliar na escolha mais adequada do tratamento empírico.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools