Durante os anos de 2020 a 2023, o panorama mundial enfrentou a pandemia de COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2. Neste contexto, este trabalho analisará os casos de sífilis gestacional, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Essa doença pode ser transmitida ao feto pela placenta materna quando a mãe está infectada, seja ela sintomática ou não.

Compreender os casos diagnosticados de sífilis gestacional na cidade de São Paulo no período de 2007 a 2023, diferenciando os períodos antes e durante a pandemia de coronavírus (COVID-19).

Os dados foram obtidos por meio de consulta ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no endereço eletrônico http://www.datasus.gov.br, na base de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). A população do estudo foi constituída por todos os casos de sífilis gestacional registrados entre os anos de 2007 e 2023 na cidade de São Paulo.

No período de 2007 a 2019 (pré-pandemia), foram registrados, em média, 2425 casos, e de 2020 a 2023 (durante a pandemia), foram registrados, em média, 5684 casos. Os dados foram analisados pelo software IBM SPSS Statistics 20. Para testar a normalidade dos dados, foram aplicados os testes de Shapiro-Wilk e Kolmogorov-Smirnov, que indicaram distribuição normal. Para analisar a diferença entre os grupos, foi aplicado o teste t para amostras independentes, o qual resultou em um valor de p de 0,004.

Durante a pandemia de COVID-19, a cidade de São Paulo registrou um aumento nos casos de sífilis gestacional.