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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-181 - CANDIDA AURIS PODE DISSEMINAR-SE SILENCIOSAMENTE NO ESTADO DE SÃO PAULO
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Mariana Lanna Magalhães, Camila Lima Doi Costa, Vinícius Andrade Gonçalves, Eduardo Servolo Medeiros, Thais Guimarães, João Nobrega De Almeida Jr
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Candida auris é patógeno fúngico emergente que causa surtos de Infecção Relacionadas à Assistência à Saúde. Um caso autóctone de fungemia foi reportado em Campinas em 2023, fato que ressalta a provável adaptação do microorganismo do ambiente para o hospedeiro humano na região. Existe a possibilidade de subdiagnóstico-subnotificação de C. auris, uma vez que técnicas laboratoriais específicas são necessárias para identificação desta espécie. Um mapeamento da capacidade dos laboratórios clínicos do estado de São Paulo (SP) para identificar C. auris pode ajudar a identificar deficiências e alarmar as autoridades sanitárias para o estabelecimento de medidas que possam mitigar o subdiagnóstico e facilitar a contenção do microorganismo.

Objetivo

Avaliar a capacidade dos hospitais do estado de São Paulo em identificar Candida auris.

Método

Trata-se de um inquérito transversal, com início em Dezembro de 2023 e fim previsto para Novembro de 2024. Os dados são coletados on-line por meio da plataforma Google Forms. O formulário é enviado via email para hospitais e laboratórios clínicos do Brasil e do estado de SP. O estudo também é divulgado pela SPI e pela APECIH. O sistema Vitek2, espectrometria de massas (EM) MALDI-TOF, e PCR/sequenciamento foram considerados como métodos que identificam C. auris. Os resultados parciais referentes ao estado de SP serão apresentados. Análise estatística comparativa entre grupos foi realizada com o teste de qui-quadrado.

Resultados

Até Abril-2024, 107 hospitais responderam: 35 de hospitais da iniciativa privada (33%), 21 público-privados (n = 20%), 18 público-universitários (17%), e 33 de administração pública não universitários (n = 31%). Sessenta e três (59%) hospitais não tem método laboratorial que identifica C. auris. Entre os hospitais da iniciativa privada e os públicos não universitários, 66% e 61% não tem método para identificação de C. auris, respectivamente. Entre os hospitais público-privados e público-universitários, 62% e 39% não tem método para identificação de C. auris, respectivamente. A diferença dos percentuais encontrados não foi estatisticamente significativa (p = 0.28).

Conclusão

Mais da metade dos hospitais do estado de SP avaliados não tem métodos capazes de identificar C. auris. Portanto há o risco de disseminação “silenciosa” de C. auris na região. O referenciamento de leveduras para identificação em laboratórios com EM MALDI-TOF é uma alternativa custo-efetiva que deve ser discutida rapidamente com as autoridades locais e regionais.

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