14° Congresso Paulista de Infectologia
More infoA inovação na sanitização de ambientes hospitalares críticos é uma prioridade para a segurança dos pacientes, elevando os padrões de limpeza e prevenção de infecções.
ObjetivoAvaliar a frequência de aplicação e o tempo de tratamento para obter segurança na sanitização de ambientes críticos hospitalares.
MétodoForam analisados quartos de um hospital público de São Paulo. O primeiro protocolo se trata de sanitização única de quaternário de amônio de quinta geração e prata coloidal e limpeza manual das superfícies com o desinfetante de mesmo princípio ativo; já o segundo, é a mesma aplicação, porém durante três dias e terceiro protocolo seguindo a limpeza padrão do hospital. A contaminação foi medida em Unidades Formadoras de Colônia (UFC/m3) e Unidades Relativas de Luz (URL).
ResultadosA superfície do leito apresentou redução de 25,4% (N = 45/180) de UFC/m3 com o protocolo padrão e 93,3% (N = 1/15) com os protocolos de estudo. A bancada mostrou redução de 34,7% (N = 150/230) e 97,9% (N = 2/48); já a torre 34,1% (N = 230/360) e 100% (N = 10/10) e, a maçaneta 68% (N = 12/38) e 100% (N = 20/20), respectivamente. Os resultados de URL apresentaram: no leito, redução de 25% (N = 39/52) na higienização padrão e 91% (N = 7/78) após o protocolo do estudo; a bancada reduziu 50% (N = 9/18) e 99,4% (N = 1/185); a torre aumentou 34,8% (N = 329/244) e reduziu 96,7% (N = 1/31) e, a maçaneta aumentou 59%(N = 17/118) e reduziu 86,6 (N = 4/30), respectivamente. Nas amostras de ar, com a sanitização, houve redução de 50% (N = 200/408) imediata; depois de 24 horas o ambiente apresentou 35% (N = 143/408) do número de UFC/m3 inicial. Com o protocolo em estudo, houve redução significativa de microrganismos após sanitização eletrostática e manual das superfícies combinadas. Depois de duas horas, a análise mostrou redução de 95% (N = 36/376) das UFC/m3 de fungos e 75% (N = 28/360) das bactérias dispersas no ar, com o uso de sanitização. No término do monitoramento, os quartos apresentaram 47% (N = 195/368) menos microrganismos no ar. Os gêneros microbianos isolados, Bacillus spp, Staphylococcus spp, Priestia spp, Cladosporium spp, Penicillium spp e Aspergillus spp foram encontrados de forma aleatória. Ambos protocolos permitiram redução constante de microrganismos no ar e nas superfícies.
ConclusãoA sanitização combinada com a limpeza de superfícies com o produto analisado, pemitiu redução significativa de URL e UFC/m3. As metodologias deste estudo mostraram adequação para a manutenção da qualidade ambiental, com redução duradoura de microrganismos.