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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-159 – AVALIAÇÃO DE COMORBIDADES EM PESSOAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS EM USO DE TERAPIA DUPLA EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM TRATAMENTO
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Luisa de Oliveira Pereira, Jorge Simão do Rosário Casseb, Mariana Amélia Monteiro, Ana Paula Rocha Veiga, Najara Ataide de Lima Nascimento, Luisa Caracik de Camargo Andrade
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Com a melhora da eficácia das combinações de terapias antirretrovirais houve um aumento da expectativa de vida da população que vive com HIV. Com isso, as comorbidades crônicas passaram a ser uma questão importante no manejo da qualidade de vida da PVHA.

Objetivo

Avaliação das comorbidades dos pacientes que fizeram a troca para os esquemas duplos (DTG + 3TC ou DTG + DRV/r ou DRV/r + 3TC) no ambulatório ADEE 3002.

Método

: Análise retrospectiva de PVHA acompanhadas no ambulatório ADEE3002/HCFMUSP, São Paulo. Os dados foram coletados no período de abril de 2021 a dezembro de 2023 através de prontuários e do SICLOM. O ambulatório atualmente conta com 430 pacientes ativos, destes 34 elegíveis para nossa análise.

Resultados

Entre os pacientes avaliados, apenas 8/34 (23,5%) dos pacientes não tinham comorbidades. Entre as principais comorbidades estavam dislipidemia 19/34 (55,9%), disfunção renal 16/34 (47%), hipertensão arterial sistêmica 14/34 (41,2%), diabetes tipo II 7/34 (20,6%), comorbidades psiquiatricas 6/34 (17,6%), lipodistrofia 6/34 (17,6%), osteopenia ou osteoporose 4/34 (11,8%), sequelas neurológicas 4/34 (11,8%). Foram comparadas através do teste t-student dois grupos de PVHA em uso de terapia dupla, com e sem comorbidades, e avaliada a associação com a idade, tempo de uso de TARV, tempo do diagnóstico de HIV e valores de linfócitos T CD4+ no nadir, no momento anterior a troca para esquema duplo e 12 meses após essa troca. Foi avaliado que com relação a diabetes existe associação em relação ao tempo de TARV (p = 0,002) e ao tempo do diagnóstico de HIV (p < 0,001), em relação a hipertensão arterial sistêmica também parece existir associação em relação ao tempo de TARV (p = 0,022) e ao tempo de diagnóstico de HIV (p = 0,015), em relação a lipodistrofia parece existir correlação com o nadir de linfócitos T CD4 (p = 0,013) e em relação a osteoporose e osteopenia parece existir uma associação com a idade (p = 0,033) e com tempo de TARV (p = 0,013).

Conclusão

O nosso ambulatório possui uma coorte bastante longeva e com muitos anos de diagnóstico. Conhecendo a literatura existente já esperávamos uma prevalência importante de comorbidades na população estudada em função da faixa etária dos pacientes, porém alguns grupos de comorbidades chamaram a nossa atenção por mostrar associações com outros fatores que estão intimamente relacionados ao curso da infecção do HIV e podem ajudar a explicar o aparecimento mais cedo de comorbidades em PVHA em relação a pessoas que não vivem com HIV.

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