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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-132 - "ASCENSÃO DA FEBRE MACULOSA EM SÃO PAULO: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA"
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Carla Luiza Rodrigues Ribeiro, Rafael Andrade Teixeira
Universidade Santo Amaro (UNISA), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A febre maculosa é uma condição infecciosa originada pela presença da bactéria do genero Rickettsia e disseminada através de carrapatos infectados. Seus sintomas incluem cefaléia, mialgia, artralgia e erupção cutânea típica. O diagnóstico é efetuado mediante as manifestações clínicas e exames laboratoriais. O tratamento precoce com antibióticos é crucial para o prognóstico favorável. Medidas preventivas incluem uso de repelentes e inspeções corporais após atividades ao ar livre em áreas endêmicas.

Objetivo

Fornecer informações relevantes e atualizadas sobre o panorama da febre maculosa no Estado de São Paulo, auxiliando na elaboração de estratégias e intervenções efetivas para a prevenção e controle da doença.

Método

Estudo retrospectivo utilizando dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para investigar a incidência e a epidemiologia da febre maculosa no período de 2013 a 2023 no Estado de São Paulo. Os dados analisados incluíram filtros relativos ao total de casos, internações, faixa etária, sexo, critérios de confirmação e evolução.

Resultados

Durante o período de 2013 a 2023, o Estado de São Paulo registrou 7.486 casos de febre maculosa, com aumento significativo em 2023, totalizando 3.694 casos em comparação com 795 casos em 2022, representando um aumento de 364,09%. Os casos foram predominantemente no sexo masculino (62,14%) em comparação com o sexo feminino (37,86%). As faixas etárias mais afetadas foram entre 20 e 34 anos e entre 35 e 49 anos, com 26,75% e 18,54% dos casos, respectivamente. Em 2023, todas as faixas etárias registraram aumentos significativos, especialmente em crianças de 1 a 4 anos e 5 a 9 anos, com aumentos de 558,33% e 462,22%, respectivamente. Os critérios laboratoriais foram os mais utilizados para confirmação dos casos (46,56%), seguidos pelos critérios clínico-epidemiológicos (43,95%). A maioria das notificações resultou em cura, representando 85,33% do total. A taxa de mortalidade foi de 0,68%, com 51 óbitos atribuídos à febre maculosa.

Conclusão

Os resultados ressaltam a febre maculosa como uma preocupação significativa de saúde pública no Estado de São Paulo. Compreender sua incidência, distribuição demográfica e tendências temporais é crucial para orientar medidas de prevenção e controle. Diante do aumento expressivo de casos, especialmente em 2023, é fundamental fortalecer a vigilância epidemiológica, promover a conscientização e educação em saúde, e incentivar o uso de medidas preventivas.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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