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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-110 - INFLUÊNCIA DA VACINAÇÃO PARA COVID-19 EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA
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Michel Laks, Juliana Garcia Cepedes, Anderson da Silva Rosa, Eduardo A. Medeiros
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Após a disponibilização de vacinas para covid-19, estudos identificaram queda significativa de desfechos clínicos desfavoráveis. A efetividade da vacinação para evolução de doença grave em indivíduos com vacinação completa variou entre 60,0 e 95,3%.

Objetivo

Os objetivos foram avaliar o efeito da vacinação e a presença de eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização (ESAVI) em uma universidade pública brasileira.

Método

Foi realizado um estudo observacional transversal para avaliar a influência da imunização contra a covid-19 em colaboradores dos sete campi da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que preencheram um formulário eletrônico de 13 de julho a 08 de agosto de 2022 sobre imunizantes recebidos, ESAVI e necessidades de atendimento médico e afastamento. Após a coleta de dados, foi realizada análise estatística, sendo utilizados os testes de Tukey e do qui-quadrado de Pearson, e o modelo de regressão de Poisson. Valores de p < 0,05 foram estatisticamente significativos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unifesp/HSP e pela CONEP.

Resultados

Participaram da pesquisa 5177 indivíduos; 3489 (67,39%) eram mulheres, 3618 (69,89%) brancos e 2616 (50,53%) discentes de graduação. Ao todo, a amostra recebeu 17083 doses de imunizantes, sem diferenças significativas nas taxas de infecção pelo SARS-CoV-2 (22,73 a 35,74%) entre os diferentes imunizantes. A CoronaVac apresentou a menor incidência de ESAVI (19,53-21,50%), ocorridos sobretudo em até 48 horas após a vacinação (11,21-64,62%). Dor no local da aplicação foi bastante relatada (28,65-54,01%), com médias de intensidades de 5,73-6,05 (desvios padrão = 2,26-2,39); a demanda por consulta médica devido a qualquer ESAVI foi de 2,81% (199 de 7086 imunizações; variação de 1,11% para a BNT162b2 a 6,67% para a CoronaVac), e o afastamento foi de 7,89% (560 de 7098 imunizações; variação de 4,12% para a CoronaVac a 13,76% para a Ad26.COV2.S), sendo apenas 37 (0,52%) por período ≥ oito dias. Em três das quatro doses, a BNT162b2 apresentou a menor necessidade de antitérmicos (16,1%-25,06%; p < 0,001). Indivíduos relacionados à assistência à saúde apresentaram menor taxa de afastamento devido a ESAVI na primeira dose (4,11 versus 8,66% nos demais participantes; p = 0,020).

Conclusão

A vacinação conferiu proteção satisfatória à comunidade universitária, sem demandar afastamentos ou atendimentos médicos em grande quantidade. ESAVI locais como dor no local da aplicação foram comuns, porém não ocorreu caso de reação aguda grave.

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