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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-092 - MENINGOENCEFALITE POR LISTERIA EM JOVEM IMUNOCOMPETENTE
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Matheus da Silva Raetano, Kawã Maicky Aguiar Rodrigues, Danillo Batista Silveira, Guilherme Giacomello Barbisan, Linoel Curado Valsechi, Karen Sanmartin Rogovsky, Célia Franco, Cássia Fernanda Estofolete, Irineu Luiz Maia
Hospital de Base, São José do Rio Preto, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Bactérias do gênero Listeria são bastonetes Gram positivos, não esporogênicos e intracelulares facultativos. Estão amplamente presentes no meio ambiente, sendo facilmente encontradas no solo. Sobrevivem a baixas temperaturas, acidez e locais com alta concentração salina. Por isso, são responsáveis frequentemente por infecções alimentares, cursando com sintomas gastrointestinais. Porém, em extremos de idade, grávidas e imunocomprometidos o patógeno pode se disseminar via hematogênica e ocasionar meningoencefalite.

Objetivo

Descrever um caso de listeriose com comprometimento neurológico fora da faixa habitual e do estado de imunocomprometimento habitualmente observados.

Método

Trata-se de um relato de caso de paciente sem fatores de risco identificados pela literatura, desenvolvendo grave acometimento neurológico por Listeria.

Resultados

Paciente sexo masculino, 20 anos, sem comorbidades, sem medicações de uso diário é admitido em hospital quaternário queixando-se de cefaléia, vômitos, febre de 39°C e confusão mental há 4 dias. Ao exame, possuía dor à mobilização cervical, estrabismo divergente, nistagmo horizontal e fotofobia. Uma semana precedendo o início da cefaleia, paciente apresentou episódios diarreicos após ingerir peixe cru. Realizada tomografia de crânio evidenciando dilatação supra e infratentorial sem sinais obstrutivos e coleta de líquor com 273 células/mm3 às custas de neutrófilos, proteinorraquia de 216 mg/dL e glicose de 4 mg/dL (sérica de 107 mg/dL). Iniciada antibioticoterapia empírica para meningite e encaminhado a unidade de terapia intensiva. Posteriormente, feita ressonância magnética de crânio identificando sinais de meningoencefalite supra e infratentorial com realce em base de crânio, hidrocefalia de aspecto hipertensivo, sinais de ventriculite e vasculite de pequenos vasos, sugerindo etiologia tuberculosa. Identificado em 3 culturas de líquor crescimento de Listeria monocytogenes. Paciente foi tratado com Ampicilina e Gentamicina, necessitando de múltiplas abordagens neurocirúrgicas com passagem de derivação ventrículo peritoneal valvular e diagnosticado com hidrocefalia de pressão baixa. Recebeu alta em reabilitação físico motora sendo descartado imunocomprometimento em avaliação imunológica.

Conclusão

Portanto, ressalta-se a importância de se pesquisar Listeria mesmo em pacientes não pertencentes ao grupo de maior vulnerabilidade quando houver infecção de trato digestivo associada.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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