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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-072 - EPIDEMIOLOGIA E FORMAS CLÍNICAS DAS INFECÇÕES FÚNGICAS IDENTIFICADAS NO AMBULATÓRIO DE MICOSES DO HOSPITAL SÃO JOSÉ DE DOENÇAS INFECCIOSAS, EM FORTALEZA/CEARÁ
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Antônio Mauro Barros Almeida Júnior, Larissa Moura Barbosa, Letícia Estela Cavalcante Sousa, Alex Pereira Oliveira, Lisandra Serra Damasceno
Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

No estado do Ceará, há uma prevalência importante de doenças causadas por fungos.

Objetivo

Caracterizar a epidemiologia e as formas clínicas de pacientes atendidos no ambulato´rio de micoses no Hospital São José (HSJ), referência em doenças infecciosas em Fortaleza/CE.

Método

Estudo transversal, baseado na revisão de prontuários dos pacientes acompanhados no ambulatório de micoses do HSJ, de agosto de 2021 a dezembro de 2023. A pesquisa recebeu a aprovação do comitê de ética do HSJ (n° protocolo 6.139.942).

Resultados

Foram identificados 151 pacientes no período do estudo. A mediana de idade foi de 40 anos. Houve predominância do sexo masculino (78,8%). Coinfecção com HIV ocorreu em 70,3% dos casos. A micose mais prevalente foi a histoplasmose (55,6%), seguida por criptococose (21,8%), aspergilose (8,6%) e coccidioidomicose (5,3%). Em relação à histoplasmose (n = 84), 77,4% dos pacientes foram procedentes da grande Fortaleza e 96,4% manifestaram a forma disseminada progressiva (HDP). A coinfecção HDP/Aids ocorreu em 96,3% dos casos. Dois pacientes apresentaram a forma disseminada crônica. Estes não possuíam comorbidades, mas tinham exposição a aves e morcegos. Um paciente apresentou a forma pulmonar aguda, e havia realizado exploração de cavernas. Em relação à criptococose (n = 33) a meningoencefalite foi a forma clínica mais comum (81,8%). A maioria destes indivíduos apresentavam infecção pelo HIV (96,3%). Dos pacientes sem a forma meningoencefálica, 83,3% não possuíam imunossupressão, 66,6% tinham acometimento pulmonar e 66,6% eram expostos a inalação de eucalipto. A região metropolitana de Fortaleza foi responsável pela procedência de 81,8% dos pacientes com criptococose. Sobre os casos de aspergilose (n = 13) a forma pulmonar crônica cavitária foi responsável por 84,6% dos casos. Destes pacientes, 36,3% eram portadores ou apresentavam sequela de tuberculose pulmonar e 27,3% apresentavam pneumopatia crônica. Dos casos de coccidioidomicose (n = 8), todos praticavam caça de tatu, e apresentaram a forma pulmonar subaguda. Foram identificados ainda seis casos autóctones de esporotricose, onde 83,3% tinham exposição a gatos doentes. Além disso, mais dois casos não autóctones de paracoccodioidomicose foram identificados.

Conclusão

Histoplasmose e criptococose foram as micoses sistêmicas mais identificadas. A associação com a infecção pelo HIV destas micoses evidencia o caráter oportunista. Vale destacar a emergência da esporotricose no serviço.

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