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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-062 - COMPARAÇÃO GENOTÍPICA E FENOTÍPICA DO GENE MECA EM ISOLADOS DE STAPHYLOCOCCUS PSEUDINTERMEDIUS DE ORIGEM VETERINÁRIA PROVENIENTES DA GRANDE SÃO PAULO
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Rafaela Espinosa, Débora Minkovicius, Fabio Mitsuo Lima, Dyana Alves Henriques, Marjorie M. Marini
Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A OMS tem como prioridade a identificação de bactérias e genes de resistência utilizando a abordagem de Saúde Única para enfrentar a resistência aos antimicrobianos. Assim, o presente trabalho visa identificar, entender e rastrear a disseminação da resistência aos antimicrobianos nos animais de companhia. Staphylococcus pseudintermedius é o principal causador de piodermites e otites em cães. Assim como no S. aureus, a resistência aos beta-lactâmicos é mediada pela presença do gene mecA, contido no cassete SCCmec. Por conta do potencial zoonótico, o S. pseudintermedius tem se tornado objeto de estudo importante para o sistema de saúde única, sendo alvo de pesquisas que contemplem tanto a resolução quanto a prevenção da disseminação dessas bactérias e seus genes de resistência.

Objetivo

Avaliar o perfil fenotípico de resistência a drogas nas linhagens de S. pseudintermedius isolados de animais de companhia e comparar o perfil genotípico de resistência à oxacilina.

Método

Foram utilizados 51 isolados de S. pseudintermedius, cuja identidade foi confirmada pelo sequenciamento da região V1-V3 do gene 16S rDNA, oriundos do setor de microbiologia de um laboratório de diagnóstico veterinário. A caracterização fenotípica da resistência aos beta-lactâmicos, foi realizada pelos testes de disco-difusão (CLSI-VET 2024; BRCAST, 2024). A detecção do gene mecA foi realizada pela técnica de PCR.

Resultados

Na avaliação fenotípica, 7 dos 51 isolados testados (13%) apresentaram resistência a todos os beta-lactâmicos testados, incluindo oxacilina. O gene mecA foi amplificado em 10 isolados e houve concordância entre o fenótipo e genótipo em 85% dos casos avaliados. Entretanto, foram identificadas discrepâncias entre o perfil genotípico e fenotípico em 5 dos 51 isolados testados. Em uma amostra SPRM, o gene mecA não foi amplificado e em 4 amostras sensíveis à oxacilina com diferentes perfis de resistência em relação aos outros antimicrobianos beta-lactâmicos foram positivas para a presença do gene mecA.

Conclusão

S. pseudintermedius apresenta potencial zoonótico e pode funcionar como fonte de transferência de genes de resistência entre isolados humanos e veterinários. Nosso trabalho mostra a circulação de Staphylococcus multidroga resistentes em animais de companhia da grande São Paulo. Conhecer o contexto genético da resistência pode auxiliar na compreensão dos mecanismos de resistência envolvidos e rastrear a disseminação entre isolados de origem veterinária.

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