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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-048 - ANÁLISE DE FATORES DE RISCO PARA BACTEREMIA POR ENTEROCOCCUS SP. RESISTENTE À VANCOMICINA EM PACIENTES PREVIAMENTE COLONIZADOS - ESTUDO CASO-CONTROLE EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
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Alessandra Aguiar dos Anjos, Helena Duani, Natalia Ferreira Bueno, Gabriela Carneiro Neves, Ana Paula Monti Sesana, Cintya Martins Vieira, Caroline Keila Ribeiro Ferreira, Gabrielly Souza Sena
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A infecção por Enterococcus resistente à vancomicina (VRE) é uma preocupação mundial de saúde por representar um agravo de alto impacto em custo e mortalidade dentre as infecções hospitalares. Estudos recentes mostram uma significativa prevalência de colonização por VRE, variando de 6.2% a 7.8% em pacientes hospitalizados. Assim, é de grande importância discernir quais pacientes colonizados podem se beneficiar de cobertura empírica para VRE em caso de sepse.

Objetivo

Determinar os fatores de risco para bacteremia por VRE em pacientes com suabe perianal indicando colonização por esses agentes.

Método

Estudo caso-controle comparando dados referentes a pacientes colonizados que evoluíram para bacteremia com hemocultura (HC) positiva para VRE versus pacientes colonizados que evoluíram com bacteremia por outro agente diferente de VRE. Foram analisados 40 pacientes com suabe perianal positivo para VRE de 2018 a 2023 em um hospital universitário quaternário. Os dados foram analisados utilizando o Epi Info V 7.2.6.0 com análises univariada e multivariada.

Resultados

Foram incluídos 40 pacientes, 21 com HC positiva para VRE (caso) e 19 com HC positiva para outros microrganismos (controle). No grupo caso, 11 pacientes eram do sexo feminino e a média de idade foi de 51,65 anos; enquanto, no controle, 10 eram do sexo feminino e a média foi de 56,51 anos. Observou-se uma associação significativa entre o uso de quinolonas nos 3 meses anteriores à bacteremia (n = 12 caso, n = 1 controle e p = 0.001). A presença de dispositivos vasculares invasivos também demonstrou relação estatisticamente significativa (n = 17 caso e n = 10 controle, p = 0.01). Por sua vez, o uso de vancomicina não obteve diferença significativa (n = 9 caso e n = 11 controle, p = 0.53). Na análise multivariada, somente o uso prévio de quinolonas foi estatisticamente significativo (n = 12 caso e n = 1 controle, p = 0.02).

Conclusão

A colonização por VRE em pacientes com uso recente de antimicrobianos de amplo espectro, como quinolonas, pode resultar em bacteremia por VRE. A presença de dispositivos vasculares invasivos também se apresentou como fator de risco na análise univariada e houve uma tendência na multivariada. Apesar de o uso de vancomicina nos 3 meses anteriores não ter sido relevante estatisticamente, é possível que estes pacientes tenham fatores de risco para outras bactérias que levaram à infecção. São necessários estudos prospectivos multicêntricos para complementação e validação dos dados obtidos no presente trabalho.

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