14° Congresso Paulista de Infectologia
More infoNo Brasil, há poucos dados publicados de eventos adversos (EAs) em serviços de endoscopia (SE)(1). Estudos apontam que o risco de EAs em SE seja de 1 caso para cada 1,8 milhões de procedimentos. É possível que este dado esteja subestimado, uma vez que não há um modelo de vigilância padronizada e os EAs como infecções, podem ocorrer tardiamente, e não ser possível estabelecer o vínculo epidemiológico (2).
ObjetivoDescrever a aplicação da metodologia ativa Team Based Learning (TBL) para revisão do procedimento operacional padrão (POP) de processamento de aparelhos endoscópicos em um ambulatório de especialidades.
MétodoEstudo descritivo do uso da metodologia TBL para promover a participação da equipe executora do processamento dos endoscópios na revisão do POP em um ambulatório que realiza em média 2.700 procedimentos de endoscopia e colonoscopia anualmente, sendo o processamento realizado tanto de forma manual quanto automatizado. Primeiramente a equipe executora foi dividida em grupos e orientada a descrever cada etapa do processamento. Após, o representante do serviço de controle de infecção ambulatorial (SCIA) lia as etapas do POP, identificava dúvidas e propostas de atualização, como: 1) Qual o motivo do aparelho ainda estar ligado na fonte durante o ato de pré-limpeza? 2) No teste de vedação, é necessário haver movimentação do aparelho para identificar bolhas que correspondem a um teste positivo? 3) Após a limpeza, é necessária secagem com ar comprimido? Entre outras. Ao término da dinâmica foi apresentado as principais fragilidades no processamento dos endoscópios encontrados na literatura (2).
ResultadosO treinamento teve duração de 1h 30 min, durante todo momento houve participação ativa da equipe de Enfermagem com perguntas pertinentes, que proporcionaram a atualização e correção do POP. Foi realizada avaliação de reação com respostas positivas e comentários construtivos.
ConclusãoA metodologia TBL traz a participação da equipe no processo de treinamento, e sabe-se que dentre todos os processos do SCIA, certamente treinamento é o mais desafiador, mas ao fazer uso dessa metodologia pode ser evidenciado que o POP passou de um documento com pouco acesso, para um documento lido e revisado por toda equipe executora.