14° Congresso Paulista de Infectologia
More infoApesar das crescentes inovações tecnológicas e avanços na eficácia da prevenção e tratamento relacionados ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em diversas regiões do mundo, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) se mantém como uma urgente crise global de saúde.
ObjetivoAnalisar a distribuição espacial da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) no estado do Paraná, Brasil.
MétodoFoi realizado um estudo ecológico que analisou casos de HIV no estado do Paraná, de 2007 a 2022, tendo como fonte de dados o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi utilizado o Índice de Moran para a análise espacial e o diagrama de espelhamento de Moran para a interpretação dos resultados.
ResultadosA amostra total foi composta de 50.676 registros de HIV. Nos períodos de 2007 a 2014 e de 2015 a 2022, a média de casos no estado foi de 105,64 e de 159,20 a cada 100.000 habitantes, respectivamente, com importantes variações entre os municípios. Os agrupamentos espaciais de alto risco forma mais prevalentes na região metropolitana até a capital e no litoral, apontando um novo agrupamento na região norte do estado. O número de casos variou substancialmente em alguns municípios, sobretudo naqueles localizados na região litorânea. Parecer no. 4.063.442.
ConclusãoA análise espacial revelou que nas principais regiões metropolitanas do Paraná: Curitiba, litoral, Londrina e Maringá houve padrões geoespaciais de alto risco. Todas essas regiões compartilham características como elevado grau de urbanização e constante desenvolvimento econômico. A análise espacial mostrou-se uma ferramenta eficaz para compreensão oportuna da distribuição do HIV, sendo essencial para a gestão pública por contribuir na geração de indicadores de saúde, planejamento de ações e estratégias equitativas e alocação de recursos para as regiões endêmicas.