Journal Information
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Full text access
EP-004 - RABDOMIÓLISE POR MIOSITE SECUNDÁRIA A DENGUE: RELATOS DE CASO
Visits
71
André Luís Roque Maretto, Felipe Augusto Santos Nunes, Raquel Asperti Hoffman, Olívia Silva Zanetti, Letícia de Paula Ferreira, Victor Borsani Salomão Cury, Letícia Garcia da Paz, Sigrid de Sousa dos Santos, Ana Paula Rosim Giraldes, Alice de Queiroz Miguel
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Introdução

A Dengue é uma arbovirose endêmica no Brasil que pode apresentar-se com manifestações leves ou graves e risco de óbito. Dentre as apresentações atípicas, há a rabdomiólise secundária a miosite, que é uma síndrome clínico-laboratorial por lise das células musculares, liberando substâncias intracelulares na corrente sanguínea, levando a elevação de Creatina-fosfoquinase sérica (CPK), distúrbios eletrolíticos, ácidos básico, injúria renal e elevação de enzimas hepáticas. Possui várias etiologias, dentre elas, infecciosas, com a dengue como rara associação, presente em 1,4% dos pacientes, conforme dados brasileiros.

Objetivo

Relatar dois casos de rabdomiólise relacionado a miosite por infecção por dengue.

Método

Relatos de caso baseados em prontuário e revisão da literatura relacionada ao tema.

Resultados

Caso 1: Paciente masculino, 58 anos, sem comorbidades. Há 6 dias com mialgia, febre, cefaleia e diarreia, evoluiu com dor abdominal. Feito diagnóstico com NS1 positivo e internado como dengue grupo C. Exames laboratoriais com hematócrito (Ht) 43,3, plaquetas 144 mil, transaminase glutâmico-oxalacética (TGO)1056 transaminase glutâmico-pirúvica (TGP) 186. Iniciada hidratação venosa conforme protocolo do Ministério da Saúde (MS), evoluiu com elevação de TGO para 2156 e TGP para 421, hipercalemia, potássio de 6, sem disfunção renal. Solicitado CPK, com valor 300 mil. Aumentado volume de hidratação, com descenso da CPK associado a melhora clínica significante. Caso 2: Paciente masculino, 32 anos,hipertenso. Há 1 semana com febre, mialgia intensa, pior em membros inferiores, dor abdominal, há 1 dia, gengivorragia. Feito diagnóstico com NS1 positivo e internado como dengue grupo C, com hidratação venosa conforme protocolo do MS. Exames iniciais com CPK 11.830, Ht 51,1, plaquetas 185.000; TGO 636, TGP196, sem distúrbio eletrolítico ou injúria renal. Com hipótese de rabdomiólise secundária a miosite por dengue, intensificado hidratação venosa, evoluiu com poliúria e ascensão do CPK apesar das medidas, chegando a valor máximo de 103.720. Iniciado corticoide via oral, apresentando após alguns dias de tratamento melhora clínica e laboratorial significativa.

Conclusão

Diante da situação epidemiológica da dengue no Brasil e sabendo que manifestações atípicas podem não ser reconhecidas, é importante a discussão do tema, para que tais hipóteses sejam levadas em consideração e investigadas, assim, buscando reconhecimento precoce e implementação de terapêutica oportuna para prevenção e tratamento.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools