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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: ARBOVIROSES
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EP-001 - DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS EM PACIENTES INTERNADOS COM METAEMOGLOBINEMIA
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Alexia Martines V. Silva, Joyce Karolina D. Melo, Ellyda Etheline Torres Noronha, Dhelio Batista Pereira, Mariana Pinheiro A. Vasconcelos
Centro de Pesquisa em Medicina Tropical Rondônia (CEPEM), Porto Velho, RO, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A malária é uma das doenças infecto-parasitárias de maior importância no mundo. A metahemoglobinemia é uma das principais complicações relacionada a terapêutica medicamentosa para o P. vivax com derivados 8-aminoquinolinas, como primaquina e tafenoquina. O acesso a métodos diagnósticos nem sempre estão disponíveis, o que se faz necessário suspeita clínica.

Objetivo

Descrever as características clínicas em pacientes internados com metaemoglobinemia.

Método

Foram atendidas 4.541 pessoas com malária no hospital Cemetron, em Porto Velho, entre os anos de 2019 e 2023, e apenas 60 destes pacientes apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de metahemoglobinemia. Foram avaliados dados clínicos e laboratoriais durante toda a internação. Aprovação CEP/CEPEM (CAAE 68890523.4.0000.0011).

Resultados

Dos 4.541 indivíduos internados, 60 tiveram diagnóstico de metahemoglobinemia (1,3%). Dos 60 com diagnóstico de metahemoglobinemia, a média de idade foi de 33 anos, sendo 36 (60%) do sexo masculino. Todos foram internados já com complicações da terapeutica, sendo os seguintes esquemas: 43 (71,6%) primaquina 7 dias, 10 (16,6%) primaquina 14 dias, 1 (1,6%) tafenoquina, 1 (1,6%) primaquina semanal e 5 (8,3%) sem informação. Em 58,4% dos casos, houve necessidade de interromper teraperutica e 3,3% teve esquema modificado. Dos indivíduos que tiveram avaliação da metemoglobina (metaHb), 65,2% apresentaram valor > 10. Dos sintomas apresentados, 42 (70%) tinham dispneia, 28 (46,6%) cefaleia, 27 (45%) fraqueza, 21 (35%) cianose, 19 (31,6%) vômito. Com relação a oximetria, os valores variaram de 65-93%, sendo que 39 (65%) indivíduos receberam suplementação de O², sendo 19 (49%) por máscara de alto fluxo, 11 (28%) por cateter nasal, 8 (20,5%) por máscara de Venturi e 1 (2,5%) por ventilação mecânica. O tempo médio de internação foi de 6,1 dias, e não foi registrado nenhum óbito.

Conclusão

Encontramos uma baixa prevalência de metahemoglobinemia com necessidade de internação, porém 65% dos que internaram tiveram necessidade de suplementação de O2, inclusive com ventilação mecânica. É uma complicação que diagnosticada precocemente e com a interrupção ou modificação do esquema para semanal, pode modificar desfecho, como vimos em outro estudo do nosso grupo com acompanhamento ambulatorial.

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