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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 184
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ENDOCARDITE POR BARTONELLA HENSELAE: EXPERIÊNCIA INVESTIGATIVA DE ENDOCARDITE DE HEMOCULTURAS NEGATIVAS DE UM TIME DE ENDOCARDITE INFECCIOSA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
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Nicollas Garcia Rodriguesa, Luiza Silva de Sousaa, Paula Hesselberg Damascob, Ana Clara de Siabra Mecenasc, Pedro Fernandes Ribeiroc, Henrique Madureira da Rocha Coutinhoc, Jonathan Gonçalves de Oliveirad, Victor Edgar Fiestas Solórzanod, Joaquim Henrique de Souza Aguiar Coutinhoe, Dominique Elvira de Freitasd, Bruno Reznik Wajsbrote, Angelo Antunes Salgadoe, Pablo Moura Lopese, Alfredo de Souza Bomfime, Elba Regina Sampaio Lemosd, Paulo Vieira Damascoc
a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
c Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
d Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
e Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução e objetivos

A incidência de Endocardite Infecciosa comunitária associada a hemoculturas negativas (EICAHN) varia de 5 a 78%. Há poucos relatos da incidência de endocardite infecciosa associada a Bartonella spp. (EIAB) no Brasil.. Nesse estudo avaliaremos a incidência de endocardite (EI) por Bartonella spp. na série de 119 pacientes no Rio de Janeiro.

Método

Estudo observacional, transversal, prospectivo, de 2009 a 2021, inclusos 119 pacientes com EI em hospital universitário na cidade do Rio de Janeiro. Os testes sorológicos e moleculares para Bartonella spp. foram realizados no laboratório de referência e resultados positivos de acordo com a literatura. Análise dos dados foi realizada no Stata Statistical Software.

Resultados

A incidência de EIAB nesta série foi de 1,6%. Comparando os dados EICAHN (N=17) com o grupo EI comunitária com hemoculturas positivas (N = 35), 14,2% foi classificada com EICAHN. Um paciente (P1) com EIAB residia com dois cachorros e outra paciente (P2) com dois gatos. Ambos com evidência epidemiológica e laboratorial de infecção por Bartonella após visita do grupo One Health. No grupo de EIAB, o principal fator de risco foi a febre reumática (p = 0,031). A EI aórtica foi mais incidente na EICAHN (p = 0,001). Os dois casos de EIAB foram diagnosticados no ano da pandemia de COVID-19. O P1, homem branco de 47 anos, após investigação de síndrome febril e IC de evolução de três meses, foi submetido à cirurgia de troca valvar mitro-aórtica, onde foi observada vegetação valvar. Amostra de sangue submetida à imunofluorescência indireta para anticorpos anti-Bartonella, sendo reagente. A PCR sérica para Bartonella foi negativa, porém houve detecção de DNA para B. henseale na valva. Seus cachorros foram testados e em um deste houve detecção de anticorpos anti-Bartonella spp. no sangue. A P2, mulher branca, 62 anos, com prótese mitral biológica disfuncionante, internada para investigação de síndrome consumptiva há 8 meses, com insuficiência renal e anemia na ausência de febre. A pesquisa de anticorpos IgG Anti-Bartonella spp. no sangue foi positiva, assim como nos gatos que residiam com a mesma. O diagnóstico de EI se deu pelos critérios de Duke modificados.

Conclusão

A incidência de EIB nesta série de 119 paciente do time de EI do Rio de Janeiro foi 1,6. Maior acometimento de EIAB foi na valva aórtica e o principal fator de risco a febre reumática. Abordagem One Health contribui em 2020 para o diagnóstico endocardite por B. henselae.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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