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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 31-32 (December 2018)
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11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 31-32 (December 2018)
OR‐59
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EFETIVIDADE DO TRATAMENTO DA HEPATITE C COM MEDICAÇÕES DE AÇÃO DIRETA EM COINFECTADOS VHC‐HIV NO BRASIL. UM ESTUDO DE VIDA REAL
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Soraia Mafra Machado, Aline Gonzalez Vigani, Andrea Gurgel B. Leite, Ana Claudia M. Barbosa Diaz, Paulo R. Abrão Ferreira, Dimas Carnaúba‐Júnior, Simone Barros Tenore, Carlos Eduardo Brandão‐Mello, Mario Peribanez Gonzalez, Fabiana Siroma, Kleber Dias do Prado, Delzi Vigna N. Góngora, Raymundo Soares Azevedo, Gaspar Lisboa‐Neto, Maria Cássia Mendes‐Correa
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: 6 ‐ Horário: 16:10‐16:20 ‐ Forma de Apresentação: Apresentação oral

Introdução: A terapia com os novos medicamentos de ação direta (DAAs) representa enorme avanço no tratamento da hepatite C, com altas taxas de resposta virológica sustentada (RVS) em estudos randomizados. Na literatura internacional, estudos de vida real parecem apontar para os mesmos resultados. No entanto, em nosso país, são escassos dados de vida real sobre efetividade da terapia em coinfectados pelo HIV.

Objetivos: Avaliar os fatores preditores de RVS no contexto de vida real.

Metodologia: Estudo observacional e retrospectivo, com indivíduos coinfectados VHC‐HIV procedentes de dez centros de referência, tratados com esquemas de DAAs preconizados pelo Ministério da Saúde. A RVS foi determinada por exame feito 12 semanas após o tratamento (RNA‐VHC<12IU/mL). Variáveis analisadas: idade, sexo, presença de comorbidades, terapia prévia com interferon, genótipo, presença de cirrose hepática, escore Child B, tempo de terapia, uso de RBV, uso de terapia antirretroviral, contagem de CD4 e carga viral (CV) do HIV no início do tratamento, antecedente de doença definidora de AIDS, carga viral do VHC, uso de outras medicações e a presença de interações medicamentosas que diminuem a concentração sérica dos DAAs. As possíveis associações entre as variáveis e RVS foram avaliadas em análise multivariada por regressão logística.

Resultados: Foram incluídos 520 pacientes, a maioria do sexo masculino (392, 75%), mediana de 55 anos, 424 (81%) genótipo 1, 69 (13%) genótipo 3. Do total, 187 (36%) apresentavam cirrose hepática e entre esses 25 (13%) Child‐Pugh B. A mediana de células T CD4+ foi de 718, 89% dos pacientes com CV do HIV indetectável e 49% apresentavam antecedente de doença definidora de Aids. Entre os pacientes, 281 (54%) apresentavam antecedente de terapia prévia com interferon. A RVS por intenção de tratamento foi de 93,5% (486/520), de 94% (399/424) para genótipo 1 e de 91% (63/69) genótipo 3. Os preditores independentes positivos para RVS foram: sexo masculino (p=0,0001) e antecedente de terapia prévia com INF (p=0,018). O uso concomitante de outras medicações com interações com DAAs, especificamente anticonvulsivantes, se associou de forma significativa à falha virológica (p=0,005).

Discussão/conclusão: Nessa coorte de vida real, os DAAs estiveram associados à alta taxa de RVS (93,5%). Nossos dados sugerem que especial atenção deva ser dada às interações medicamentosas, pois elas parecem interferir de forma importante nos resultados observados.

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