Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 225
Full text access
EFEITOS ANTIFUNGICOS IN VITRO E IN VIVO DOS INIBIDORES DA PROTEASE DO HIV ATAZANAVIR E DARUNAVIR EM CANDIDA ALBICANS
Visits
1605
Juliana de Camargo Fenley, Patricia Pimentel de Barros, Juliana Campos Junqueira, Rodnei Dennis Rossoni
Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução/Objetivo

Candida albicans é um fungo que habitualmente coloniza mucosas de humanos e pode assumir caráter patogênico a depender de fatores do hospedeiro, como em portadores da Síndrome da Imunodeficiência Humana, que são propícios a apresentar candidose devido a imunodeficiência celular que apresentam. A introdução da Terapia Antirretroviral (TARV), em especial o surgimento dos Inibidores da Protease do HIV (IPs-HIV), reduziu a incidência e prevalência destas patologias ao longo dos anos. Estudos com IPs-HIV de primeira geração demostraram que tal redução não se deve exclusivamente à melhora imunológica promovida pela TARV, e pesquisas in vitro já demonstraram propriedades antifúngicas e antibiofilme de alguns IPs-HIV de primeiras gerações em C. albicans. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do Atazanavir (ATV) e Darunavir (DRV), dois IPs-HIV em uso clínico atual no Brasil, em diferentes fatores de virulência de C. albicans.

Métodos

Foram utilizadas duas cepas clínicas de C. albicans isoladas de lesões de candidose orofaríngea de pacientes portadores de HIV para avaliar a ação in vitro de ATV e DRV na morfogênese, formação de biofilme (contagem de células viáveis e quantificação de biomassa) e na expressão dos genes de virulência BRC1 e SAP2, e in vivo no efeito protetor desses medicamentos na infecção experimental por C. albicans em modelo de Galleria mellonella. Os dados foram analisados por teste t, ANOVA, Kruskal-Wallis, Dunn e Kaplan-Meier (p < 0,05).

Resultados

A Concentração Inibitória Mínima para ambos os IPs-HIV testados foi 512 μg/mL. Nos biofilmes, a redução na contagem de UFC/mL de C. albicans nos grupos tratados com IPs-HIV foi de até 6,81 Log. A biomassa dos biofilmes tratados também sofreu reduções significantes para ATV (82%), DRV (81%) comparada ao grupo controle. DRV e ATV promoveram redução estatisticamente significante de expressão gênica de SAP2 e BRC1, respectivamente, quando comparados ao controle (p < 0,05). Em relação à morfogênese de C. albicans, ATV e DRV inibiram significativamente a formação de hifas (p = 0,0183). No estudo in vivo, o uso profilático de ATV e DRV em G. mellonella infectadas com C. albicans prolongou em até 40% a sobrevivência das larvas (p = 0,0004).

Conclusão

ATV e DRV inibiram a filamentação e apresentaram atividade antifúngica, antibiofilme e na expressão de genes de fatores de virulência de C. albicans e preveniram candidose em G. mellonella.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools