Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
EFEITO DA PROMETAZINA EM BIOFILMES DE COCOS GRAM-POSITIVOS IN VIVO E EX VIVO, ASSOCIADOS À ENDOCARDITE INFECCIOSA
Visits
725
Carliane Melo Alves Melgarejoa,
Corresponding author
carliane.biomedica@gmai.com

Corresponding author.
, Stephany Arruda Santosb, Clarissa Perdigão Mello Ferrazc, Alyne Soares Freitasa, Rodrigo Fonseca de Medeiros Guedesa, Francisco Ivanilsom Firmiano Gomesa, Débora Castelo Branco de Souza Collares Maiaa, Karene Ferreira Cavalcanteb, Thaís Magalhães de Freitasb, Igor de Sá Carneiroc
a Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
b Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil
c Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Recife, PE, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução

A American Heart Association (AHA) estima que cerca de 100.000 a 200.000 novos casos de endocardite infecciosa são diagnosticados nos Estados Unidos da América (EUA) a cada ano, e dados recentes mostram um aumento na incidência nos EUA e no Reino Unido (Yang et al. 2015; Huber et al. 2020). A endocardite geralmente é causada por uma infecção, onde um endotélio cardiovascular apresenta uma estrutura inflamatória de plaquetas e fibrina comumente observada com crescimento de vegetações compostas por microorganismos, o que pode ser considerado um sinal patognomônico da doença (Cahill e Prendergast, 2016; Pecoraro e Doubell, 2020). Os principais agentes etiológicos são os cocos Gram-positivos, com destaque para os gêneros Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. (Htwe e KhadoriCitação 2012). Para tratar a infecção, vários regimes medicamentosos podem ser usados, a maioria dos quais inclui oxacilina ou vancomicina contra Staphylococcus spp. e ceftriaxona ou vancomicina contra Streptococcus spp., sendo a vancomicina o último recurso medicamentoso.

Objetivo

Este estudo avaliou a atividade antimicrobiana da prometazina contra Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Streptococcus mutans e seu efeito na sensibilidade antimicrobiana de biofilmes cultivados in vitro e ex vivo em válvulas cardíacas suínas.

Resultados

A prometazina foi avaliada sozinha e em combinação com vancomicina e oxacilina contra Staphylococcus spp. e vancomicina e ceftriaxona contra S. mutans na forma planctônica e biofilmes cultivados in vitro e ex vivo. A faixa de concentração inibitória mínima de prometazina foi de 24,4-95,31 μg/mL e a faixa de concentração mínima de erradicação de biofilme foi de 781,25-3,125 μg/mL. A prometazina interagiu sinergicamente com vancomicina, oxacilina e ceftriaxona contra biofilmes in vitro. A prometazina sozinha reduziu (p < 0,05) a contagem de UFC de biofilmes crescidos em válvulas cardíacas para Staphylococcus spp., mas não para S. mutans, e aumentou (p  < 0,05) a atividade de vancomicina, oxacilina e ceftriaxona contra biofilmes de Gram- cocos positivos cultivados ex vivo.

Conclusão

Esses achados trazem perspectivas para o reaproveitamento da prometazina como possível adjuvante no tratamento da endocardite infecciosa, necessitando de mais estudos para entender melhor os mecanismos de ação, as aplicações e a viabilidade dessas perspectivas.

Palavras-chave:
Prometazina Biofilme Endocardite infecciosa ex vivo antimicrobiano
Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools