XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
More infoCom um perfil epidemiológico complexo, com persistência de agravos transmissíveis e ciclos epidêmicos, principalmente em grupos sociais mais vulneráveis, o gerenciamento desses riscos deve abordar a cultura e determinação social local. Para isso, faz-se necessário aplicar diferentes formas de comunicação que permitam a interação com a equipe de saúde e a comunidade, utilizando imagens, sons, vídeos e atividades práticas. Justificativa: O risco de muitas doenças infecciosas pode ser evitado por cuidados básicos diários. O desenvolvimento de ações educacionais em saúde pretende levar conhecimento e proporcionar a mudança de cultura dos estudantes.
ObjetivoRealizar ações de promoção e educação em saúde para a prevenção de doenças infecto-parasitárias por meio de ciclo de debates junto a estudantes de uma instituição da rede pública de ensino, visando despertar no público-alvo a capacidade de identificar, caracterizar e prevenir as respectivas doenças abordadas.
Métodosciclo de debates mensais abordando doenças infec-parasitárias mais prevalentes na comunidade. Os encontros são realizados em escola da rede de ensino público no município de Botucatu-SP, sendo utilizada linguagem minimamente técnica, a fim de alcançar estudantes de diferentes níveis educacionais e socioeconômicos. São aplicadas avalições pré e pós-teste, verificando-se a frequência de participantes e a evolução do conhecimento sobre cada tema abordado. Os materiais utilizados são disponibilizados aos professores da escola, permitindo seu compartilhamento com a comunidade local.
Resultados preliminaresAté o momento foram realizadas três ações, na forma de debates, com possibilidade de perguntas e respostas, abordando os temas: Infecções Sexualmente Transmissíveis, Parasitoses e Dengue. Com grande participação de estudantes de 6° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio, atingindo uma população de 167, 170 e 260 alunos, respectivamente. Nas avaliações pré e pós teste, observou-se melhoria na média de acertos (73% / 23% / 23%) e redução de respostas “não sei” (76% / 65% / 10%).
ConclusãoInformações baseadas em conhecimentos científicos devem ser universais e difundidas em toda a sociedade, principalmente àquelas mais vulneráveis. A presença de profissionais médicos na escola, ao promover debates sobre doenças infecciosas e parasitárias, aproximou os estudantes, esclarecendo dúvidas e promovendo o combate às fakenews.