Com a pandemia de COVID-19 e a disseminação maçante do SARS-CoV-2 no mundo houve a necessidade de avaliar a exposição viral a nível individual e populacional.
ObjetivoDescrever a soroprevalência de anticorpos anti- SARS-CoV-2 e os aspectos epidemiológicos de risco para a exposição viral, em moradores residentes na cidade de Belém, 6 meses após a primeira onda de COVID-19.
MétodosForam coletadas 736 amostras, inquéritos epidemiológicos e Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) devidamente assinado entre outubro de 2020 a fevereiro de 2021 de indivíduos residentes em Belém. Indivíduos vacinados ou que tiverem diagnóstico de COVID-19 foram excluídos. Foram realizadas análises sorológicas para detecção da presença de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 pelo teste de ELISA (Euroimmun, Lübeck, Alemanha), seguindo as recomendações do fabricante. O programa BioEstat 5.0 foi usado na análise de prevalência e o software Minitab 14.0 para as análises de regressão logística.
ResultadosNossos resultados indicam alta soropositividade de 39,24% na cidade de Belém. Observamos que indivíduos ≥ de 70 anos (OR = 2.02; IC 95% = 1.02-3.05; p = 0.044), com ensino médio (OR = 2.41; IC 95% = 1.08-2.16); p = 0.016), autodeclarados pardos (OR = 3.24; IC 95% = 1.23-2.35; p = 0.001) e com renda de ≤ 1 a 2 salários mínimos (OR = 2.39; IC 95% = 1.08-2.12), p = 0.017) foram mais expostos ao vírus, assim como aqueles que relataram contato com indivíduos infectados (OR = 3.45; IC 95% = 1.30-2.59; p = 0.001).
ConclusãoNossos achamos forneceram informações importantes sobre a dinâmica de transmissão viral e os possíveis fatores de risco associados às características sociodemográficas e comportamentais da população de Belém.
FinanciamentoConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, # 301869/2017-0 e #401235/2020-3).