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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 101
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DIAGNÓSTICO SITUACIONAL MEDIANTE MONITORAMENTO DA LINHA DE CUIDADO DAS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS: UM ESTUDO TRANSVERSAL
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Ana Amélia Nascimento da Silva Bonesa,b, Giulia Righetti Tuppini Vargaa, João Pedro Mendes Araújoa, Artur Boeck Trommera, Andréa Moraes Gusmãoc, Rosangela Nery Barretob, Aline Vieira Medeirosc, Airton Tetelbom Steina
a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil
b Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), Porto Alegre, RS, Brasil
c Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

Desigualdades de acesso ao tratamento do HIV foram aprofundadas pela pandemia; entretanto, os benefícios de continuar a fornecer serviços de HIV superam o risco de mortes adicionais relacionadas à COVID-19. Na última década, Porto Alegre-RS está no topo do ranking do HIV, sendo necessário reconhecer as fragilidades da Linha de Cuidado(LC) das pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), em especial, as populações-chave.

Objetivo

Monitorar a LC das PVHA que acessaram os serviços do Consultório na Rua (CR) e da Unidade de Saúde (US) tradicional em Porto Alegre durante a pandemia do COVID-19.

Métodos

Estudo transversal, com dados do monitoramento 121 PVHA por 1 ano desde abril de 2020 nos serviços de CR e US, situados no mesmo estabelecimento.

Resultados

No CR, com 5332 pessoas cadastradas, 67 (1,2%) foram atendidos pelo HIV, sendo 22 (32,8%) pretos e pardos, 11 (16,4%) com 50 anos ou mais e 56 (83,6%) homens cis, enquanto na US, com 140000 cadastrados, atendeu-se 54 (0,38%), sendo 16 (29,6%) pretos e pardos, 23 (42,5%) com 50 anos ou mais e 21 (38,9%) mulher cis e 2 (3,7%) mulher trans. Em relação a adesão ao TARV, na US 35 (64,8%) retirando a medicação nos últimos 90 dias, e no CR 38(56,7%). Estão com a CV indetectável para o HIV na US 37 (68,5%) e no CR 28 (41,7%). O CD4<350 na última coleta, verificou-se 13 (24%) pacientes na US versus 25 (37,3%) no CR. Na US, 20 (37%) estão em uso de Dolutegravir-Tenofovir-Lamivudina, no CR, 19 (28,8%) estão em uso do mesmo esquema. Estão em uso de Tenofovir-Lamivudina-Efavirenz, 14 (25,9%) dos usuários da US e 22 (33,3%) dos usuários do CR, assim 34 (50,7%) e 41 (75,9%) estão em esquema de primeira linha nos serviços do CR e US, respectivamente. Os encaminhamentos para a especialidade de Infectologia foram na US 31 (57,4%) e no CR 38 (56,7%). O histórico de tuberculose está presente na US, 8 (14%) e no CR 14 (20,8%).

Conclusões

A Atenção Primária à Saúde (APS) pode colaborar na LC das PVHA, em especial as em situação de rua, em conjunto com serviços de Infectologia como garantia de acesso e direcionamento dos casos previstos de AIDS ou co-infecção. O monitoramento por tabela de Excel organizadas pelos valores de CD4 auxiliam a APS a promover a adesão na LC, agiliza o acolhimento das demandas e proporciona planejamento das buscas ativas para a retomada dos tratamentos pelas suas equipes de assistência multiprofissional. A otimização dos esquemas antirretrovirais para primeira linha facilita o papel da APS para atingir a Meta 90-90-90.

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