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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 178
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DETERMINANTES EPIDEMIOLÓGICOS RELACIONADOS AO AUMENTO DO NÚMEROS DE CASOS DE SÍFILIS NO BRASIL NO PERÍODO DE 2010-2020
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Lucas Soares de Arruda Barros, Rubens Ramos dos Santos, Paula Ranna Oliveira Bezerra, Samira da Costa Carneiro, Aline Mendes dos Santos, Gabriel Marinheiro dos Santos Bezerra, Alex Sandro de Moura Grangeiro
Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
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Introdução/objetivos

No Brasil, durante o período de 2010 a 2019, apesar da implantação de políticas públicas visando o controle e prevenção da sífilis, foram notificados 783.544 casos, com um crescimento de 1.152% no número de casos desse agravo. O resumo tem como objetivo analisar a influência do perfil epidemiológico, dos fatores educacionais e da eficácia dos serviços de saúde prestados nos números de sífilis.

Métodos

Tal resumo trata-se de uma pesquisa epidemiológica de múltiplos grupos correspondentes a estados brasileiros com maior e menor taxa de detecção total de sífilis, em cada uma das cinco regiões do país. Os estados com maiores taxas de detecção foram alocados no Grupo 1 (Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Sergipe e Rio Grande do Sul) e os estados com menores taxas de detecção no Grupo 2 (Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Paraná). As variáveis incluídas estão disponíveis online no site: http://indicadoressifilis.aids.gov.br/.

Resultados

A média da distribuição dos casos de sífilis segundo o sexo nos grupos 1 e 2 indicam maior prevalência no sexo masculino, com 53,8% e 58,2%, respectivamente. Em relação à faixa etária nos grupos 1 e 2, a idade de 20 a 29 anos possui a maior representação nos casos de sífilis gestacional. A classificação clínica de sífilis gestacional mais presente no grupo 1 refere-se à sífilis latente, já no grupo 2, à sífilis primária. A análise da distribuição dos casos de sífilis segundo o nível educacional não apresentou resultados relevantes. De acordo com a informação do pré-natal, os dados indicam que, tanto no grupo 1 como no grupo 2, as mães realizaram pré-natal durante a gestação na maioria dos casos de sífilis congênita. Correlacionado a esse fato, os dados também indicam que a maior parte dos diagnósticos de sífilis congênita foram realizados, ainda, durante o pré-natal nos grupos 1 e 2. No entanto, segundo a classificação do esquema de tratamento nos casos de sífilis congênita, a maioria dos tratamentos realizados são considerados inadequados em ambos os grupos.

Conclusão

Em suma, a partir das análises dos resultados de todas as variáveis é possível afirmar que aquelas relacionadas à eficácia dos serviços de saúde e ao estágio da doença estão mais fortemente ligadas com o número de casos de sífilis. Ademais, devem ser feitos estudos mais aprofundados sobre os fatores relacionados à sífilis para a elaboração de propostas de intervenção que possam ser efetivas no controle dessa infecção.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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