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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 308
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DETECÇÃO FENOTÍPICA DE RESISTÊNCIA INDUZIDA A CLARITROMICINA EM MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS DE CRESCIMENTO RÁPIDO IN VITRO
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João Vítor Perez de Souza, Letícia Sayuri Murase, Carolina Trevisolli Palomo, Renata Alexandre de Oliveira, Giulienne Karla Pereira da Silva, Rosilene Fressatti Cardoso
Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, Brasil
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Introdução

As micobactérias não tuberculosas (MNTs) compõem um grupo de patógenos emergentes. Este grupo heterogêneo causa infecções em diversos sítios anatômicos e é especialmente incidente em pacientes imunossuprimidos. Dentre as limitadas opções terapêuticas disponíveis para o tratamento das micobacterioses, a claritromicina (CLA) destaca-se como fármaco de primeira escolha, principalmente contra MNTs de crescimento rápido (RGM). Apesar de sua grande utilidade na terapia, estudos demonstraram que algumas espécies de RGMs podem apresentar resistência induzida à CLA. Esta característica é extremamente relevante para o tratamento das micobacterioses e testes de susceptibilidade que controlem para este evento devem ser aplicados. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi realizar a detecção de resistência induzida a CLA em três espécies de RGMs in vitro.

Métodos

A concentração inibitória mínima (CIM) de CLA frente a isolado clínico de Mycobacterium massiliense, M. smegmatis e M. fortuitum foi determinada pelo ensaio resazurin broth microdilution assay, em microplacas com 96 cavidades. Brevemente, foram realizadas diluições consecutivas de CLA (intervalo de 62 e 0,0625 µg/mL) em caldo Mueller Hinton Broth cátion ajustado e em seguida, uma suspensão de micobactérias padronizada foi adicionada e as placas foram incubadas por 3 e 14 dias a 35 °C, em atmosfera normal. Após a incubação, foi adicionado 30 µL de resazurina a 0,01% em cada cavidade da microplaca e o crescimento bacteriano foi avaliado visualmente após 24h da revelação.

Resultados

Com 3 dias de incubação, notou-se que os isolados clínicos testados eram sensíveis à CLA com CIMs variando entre 1 e 2 µg/mL. Por outro lado, análises realizadas após 14 dias de incubação revelaram aumentos expressivos na CIM de CLA. M. massiliense foi a espécie que demonstrou maior aumento, modificando sua CIM de 1 para 16 µg/mL, enquanto M. smegmatis e M. fortuitum também demonstraram resistência induzida, com aumento de 1 para 8 ug/mL e 2 para 16 µg/mL após 14 dias de incubação, respectivamente.

Conclusão

Os resultados obtidos concordam com evidências da literatura e mostram como a resistência induzida à CLA é comum em espécies de RGM. Para garantir uma terapêutica eficaz, a aplicação dos testes de susceptibilidade que permitam a identificação da resistência induzida à CLA são necessários.

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