Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 6 ‐ Horário: 10:44‐10:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: Infecções relacionadas a serviços de saúde têm alta representatividade socioeconômica às fontes pagadoras. A resistência aos antimicrobianos tornou‐se um problema crescente de saúde pública, principalmente quando se considera o declínio considerável nos últimos anos para o desenvolvimento de novos antibióticos (1,2,3,4,5). Ações que minimizem a disseminação da resistência bacteriana são necessárias, a OPAT (Outpatient Parenteral Antimicrobial Therapy) uma estratégia importante, pois extingue a necessidade de permanência no ambiente hospitalar para continuidade do tratamento antibiótico (6,7,8).
Objetivo: Desenvolver o fluxograma de OPAT para o bem‐estar de pacientes em tratamento domiciliar, além de aumentar a disponibilidade de leitos para o município, visto que o hospital em questão tem um histórico de doentes com longos períodos de permanência hospitalar para tratamento de infecções.
Metodologia: A equipe de saúde (médico, farmacêutico clínico e serviço social) seleciona os pacientes de acordo com os critérios de inclusão e elegebilidade para o programa: infecções osteoarticulares, osteomielites e infecções relacionadas a implantes ortopédicos, respeitam‐se as diretrizes descritas pela Sociedade Brasileira de Infectologia. É solicitado parecer do infectologista, principal ator, pois é quem detém o conhecimento para avaliação da terapia antibiótica ideal para regime domiciliar. Se o parecer for positivo, o serviço social tramita com o município de origem para alinhamento da administração do medicamento; o farmacêutico clínico alinha a dispensação dos medicamentos com o parente/paciente/município. O médico do paciente faz a alta referenciada e o retorno no ambulatório de traumatologia e ortopedia para acompanhamento da sua evolução clínica.
Resultado: Foram desospitalizados 16 pacientes de setembro de 2017 a junho de 2018, o que gerou uma economia de R$ 330.762,44 (cálculo baseado nos dias de internação hospitalar aprimorados x custo hospitalar x repasse do SUS) para a instituição, além de 955 dias de giro de leito.
Discussão/conclusão: Os pacientes inclusos no programa demonstram segurança e confiabilidade pelos serviços de saúde, pois se sentem acolhidos até o término de suas terapias. A comunicação efetiva das equipes é muito relevante para a eficiência do programa e o feedback dos casos deve sempre ser envihado à alta gestão para conhecimento das ações que garantem qualidade e sustentabilidade à instituição.