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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: INFECÇÃO EM IMUNODEPRIMIDOSEP-017
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CRIPTOCOCOSE PULMONAR EM PACIENTE CANDIDATA À TMO ALOGÊNICO - UM RELATO DE CASO
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Camila Loredana Bezerra, Letícia Mattos Menezes, Isabela C.L. Vieira da Cruz, Alessandra M. Cerqueira de Sousa, Rita Novello de Vita, Vanderson Geraldo Rocha, Silvia Figueiredo Costa
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

Criptococose é uma micose sistêmica causada por fungos do gênero Cryptococcus. É mais comum em indivíduos com HIV/AIDS, mas um aumento de casos é observado em pacientes onco-hematológicos.

Objetivo

Descrever o caso de uma paciente com Linfoma Não Hodgkin de células do manto (LNH), diagnosticada com criptococose pulmonar durante quimioterapia (QT), submetida a transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (auto-TCTH) após a segunda remissão completa e tratamento da doença fúngica.

Resultados

Relato: Mulher, 52 anos, diagnosticada com LNH de células do manto em 2017, estágio clínico IV XSB. Iniciou QT com CHOP. Em fevereiro de 2018, no quarto ciclo de QT, foi realizado PET CT que visualizou nódulos sólidos irregulares por todo o parênquima pulmonar. Anatomopatológico de biópsia de nódulo no lobo superior direito evidenciou numerosas leveduras, com o isolamento de Cryptococcus neoformans em cultura. Antígeno sérico para Cryptococcus foi positivo. Foi iniciado tratamento com fluconazol em março de 2018. Após o diagnóstico infeccioso, o auto-TCTH foi contraindicado e a paciente teve remissão completa do LNH após 6 ciclos de QT. Houve redução dos nódulos pulmonares nos exames de imagem e negativação do antígeno sérico para Cryptococcus. Foi reduzida a dose de fluconazol para 300 mg/dia como terapia de manutenção. Em agosto de 2020, houve recidiva tardia do linfoma, foi iniciado nova QT com (R)-DHAOX e programado auto-TCTH sequencial. Em abril de 2021, houve a remissão completa do LNH de células do manto após término da QT, realizado auto-TCTH após condicionamento com BendaEAM. Nesse momento, apresentava antígeno sérico para Cryptococcus negativo e tomografia de crânio e tórax sem evidência de doença fúngica ativa. Recebeu profilaxia com dose única de ivermectina, cotrimoxazol até D-1, aciclovir, isoniazida (PPD 8 mm) e fluconazol 400 mg por dia. Foi mantido profilaxia secundária da criptococose com fluconazol por 6 meses.

Conclusão

O caso foi tratado com sucesso antes do TCTH e não houve reativação da doença durante o período de neutropenia, nem após o transplante. Embora a Criptococose seja raramente observada em receptores de TCTH, a maioria dos casos se apresenta após o transplante. Não há recomendações na literatura quanto ao manejo no diagnóstico prévio ao transplante. Este relato traz a experiência de nosso serviço neste manejo e destaca a importância da avaliação do paciente no período pré-transplante e da profilaxia farmacológica adequada.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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