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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 84 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 84 (December 2018)
EP‐098
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CRIANÇA COM SEPSE COMUNITÁRIA DE FOCO INTESTINAL, ECTIMA E NECROSE INTESTINAL CAUSADA POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA: DESCRIÇÃO DE CASO DE FEBRE DE XANGAI NO BRASIL
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Giovanna Melanie Zavadzki, Edgar Ribeiro Leal, Bruno Brito Fernandes dos S, Flavia de Oliveira Naddeo, Domenico Maneta Neto, Jõao Balbino, Glaucia Moreira Soares, Carlos Roberto Kiffer
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 9 ‐ Horário: 13:37‐13:42 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Infecções comunitárias por Pseudomonas aeruginosa não são comuns, principalmente na infância. Trata‐se de patógeno geralmente associado a imunossupressão, uso prévio de antibiótico e ambiente hospitalar. Febre de Xangai foi descrita em 1918 como associação entre enterocolite febril grave, perfurativa, lesões cutâneas necróticas e sepse causada por P. aeruginosa. A enterocolite em crianças é uma afecção de alta incidência geralmente autolimitada, eventualmente grave e usualmente causada por vírus ou bactérias. Reportamos o caso de criança atendida em hospital da Grande São Paulo com quadro de enterocolite grave e sepse com características nosológicas compatíveis com febre de Xangai.

Objetivo: Alertar sobre a ocorrência da febre de Xangai no Brasil, auxiliar no seu reconhecimento e chamar a atenção para a condição rara, porém de prevalência desconhecida em nosso meio.

Metodologia: Criança de 10 meses, atendida em pronto‐socorro com diarreia aguda, sangue e muco, associada a febre, dor abdominal, inapetência, prostração e instabilidade hemodinâmica. Internada em unidade de terapia intensiva com sepse de foco intestinal, iniciada antibioticoterapia com piperacilina/tazobactam e amicacina, medidas de ressuscitação volêmica e coleta de exames. No segundo dia de internação, com menos de 24 horas de antibioticoterapia, notados ectimas perianais e abdômen agudo, foi submetida à laparotomia exploradora, que mostrou colite inflamatória extensa e ulcerações difusas em intestino delgado. No terceiro dia de internação o resultado de hemocultura colhida na entrada mostrou crescimento de P. aeruginosa sensível a múltiplos antimicrobianos, inclusive aos da terapêutica empírica inicial. Demais exames de culturas, pesquisas viral, de bacilo álcool‐ácido resistente e micológico retornaram negativos. Paciente recebeu terapêutica por 15 dias, apresentou melhoria progressiva e alta médica após 21 dias de internação.

Discussão/conclusão: Infecções comunitárias causadas por P. aeruginosa são incomuns, especialmente em imunocompetentes e sem exposição a ambiente hospitalar. A junção de enterocolite grave febril, sepse, ectima gangrenoso, úlceras em intestino delgado e isolamento de P. aeruginosa em sangue periférico é compatível com febre de Xangai. O desfecho favorável do caso provavelmente foi relacionado ao reconhecimento rápido da condição séptica, com medidas de suporte e de antibioticoterapia adequadas. Não foram encontrados nas bases de dado pesquisadas outros casos de febre de Xangai no Brasil.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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