A síndrome respiratória aguda grave desencadeada pelo vírus SARS-CoV-2 teve início em Wuhan, em 2019. Iniciou-se no Brasil em fevereiro de 2020 e acreditava-se que apenas o trato respiratório era afetado. Contudo, descobriu-se que sintomas sistêmicos também estão presentes, com quadros clínicos abrangentes.
ObjetivoCompreender os casos e manifestações teciduais sistêmicas decorrentes do SARS-CoV-2 em pacientes da Clínica Medicina Integral em Pouso Alegre (MG).
MétodoTrata-se de um estudo do tipo observacional, descritivo. Serão avaliados prontuários dos pacientes diagnosticados com casos graves e moderados de COVID-19, que permaneceram internados e passaram por uma desospitalização na Clínica Medicina Integral. Será utilizado registro das alterações de órgãos e tecidos encontradas em cada paciente acometido pelo SARS-CoV-2, tais como: alterações pulmonares, neurológicas, dermatológicas e do trato gastrointestinal. Tabelas serão utilizadas.
ResultadosDiante dos dados obtidos de 79 pacientes com média de idade de 58,78 anos, observou-se que durante o período de convalescência da doença, 21,5190% deles apresentaram alterações neurológicas; 2,5316% alterações dermatológicas; 82,2785% alterações pulmonares e 22,7848% alterações do trato gastrointestinal. Nota-se que pacientes com alterações neurológicas, também apresentaram alterações dermatológicas (p = 0,006), TGI (p = 0,007) e pulmonares (p = 0,031) e pacientes com alterações dermatológicas também apresentaram alterações TGI (p = 0,008).
ConclusãoObservou-se que a COVID-19 é uma doença sistêmica, a qual afeta os indivíduos de diferentes formas e em graus variados. Identificou-se que não existe nenhuma alteração específica para idades diferentes. Diante do presente estudo, conclui-se que as alterações pulmonares foram as mais prevalentes e, em contrapartida, dermatológicas as de menor prevalência.