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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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(January 2022)
PI 026
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COVID-19 EM PACIENTES CARDIOPATAS: IMPACTO DA AQUISIÇÃO NOSOCOMIAL
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Mariah Rodrigues Paulinoa, José Alfredo de Sousa Moreiraa, Marcelo Goulart Correiaa, Léo Rodrigo Abrahão dos Santosb, Ingrid Paiva Duarteb, Bruno Zappaa, Rafael Quaresma Garridoa, Giovanna Ferraiuoli Barbosaa, Letícia Roberto Sabionia, Fabiana Bergamin Mucilloa, Stephan Lachtermacher Pachecoa, Andrea Rocha de Lorenzoa, Cristiane da Cruz Lamasa
a Instituto Nacional de Cardiologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO), Duque de Caxias, RJ, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A doença cardiovascular está associada a COVID-19 grave. Nosso objetivo foi descrever características clínicas e laboratoriais (incluindo eletrocardiográficas e ecocardiográficas) e desfechos de pacientes com doença cardíaca hospitalizados com COVID-19, laboratorialmente confirmada através de RT-PCR de teste swab nasofaríngeo internados em instituto de referencia para cirurgia cardíaca.

Métodos

Trata-se de um estudo observacional retrospectivo de pacientes adultos consecutivos internados, entre março e setembro de 2020, com infecção confirmada por SARS-CoV-2. Os dados foram coletados de acordo com o formulário de relato de caso ISARIC e complementados com variáveis relacionadas às cardiopatias.

Resultados

Foram incluídos 121 pacientes cuja média de idade foi 60 ± 15,2 anos; 80/121 (66,1%) eram do sexo masculino. Dois terços dos pacientes (80/121, 66,1%) apresentavam COVID-19 no momento da admissão hospitalar e COVID-19 foi o motivo da internação em 42 (34,7%). Outros motivos de internação foram síndrome coronariana aguda (26%) e insuficiência cardíaca descompensada (14,8%). Doenças cardíacas crônicas foram encontradas em 106/121 (87,6%), principalmente doença arterial coronariana (62%) ou doença valvar (33,9%). Ecocardiograma transtorácico foi realizado em 93/121 (76,8%) e aumento das câmaras cardíacas foram encontradas em 71% (66/93); ECG de admissão foi feito em 93 casos (93/121, 76,8%) e 89,2% (83/93) estavam alterados. A aquisição hospitalar de COVID-19 ocorreu em 20 (16,5%) dos pacientes e a mortalidade nesse grupo foi de 50%, enquanto a mortalidade nos demais foi de 18,8%(p = 0,003). Na análise bivariada para mortalidade de todo o grupo, os níveis de BNP e os níveis de troponina NÃO foram associados à mortalidade. Na análise multivariada, apenas os níveis de proteína C reativa e creatinina foram associados de modo significativo à mortalidade.

Conclusões

O COVID-19 impactou o perfil das admissões hospitalares em pacientes cardíacos. Os níveis de BNP e troponina não foram associados à mortalidade e podem não ser bons discriminadores de prognóstico em cardiopatas.

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