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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐242
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CORRELAÇÃO ENTRE SÍFILIS NA GESTAÇÃO E SÍFILIS CONGÊNITA E INDICADORES CONTEXTUAIS
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Cristiano Leonardo de Oliveria Dia, Dulce Aparecida Barbosa, Paula Hino, Hugo Fernandes, Mônica Taminato
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível de comprometimento sistêmico, casada pelo Treponema pallidum. Pode ocorrer transmissão vertical (sífilis congênita).

Objetivo: Verificar a correlação entre o número de casos de sífilis em gestantes (SG) e o número de casos de sífilis congênita (SC) com indicadores contextuais.

Metodologia: Trata‐se de uma série histórica, período de 2010 a 2018. Foram coletados dados secundários sobre a sífilis em gestantes e presença da sífilis congênita na Mesorregião do Norte de Minas Gerais. Foi realizada a correlação de Pearson. Parecer n° 2.645.902.

Resultados: Foram registrados no agrupamento histórico de 2010 a 2018, 649 casos de sífilis em gestantes e 364 casos de sífilis congênita em 79 municípios da Mesorregião do Norte de Minas Gerais. A correlação de Pearson foi positiva (forte) e significativa entre o número de casos de sífilis em gestantes e o número de casos de sífilis congênita e a população (SG: r=0,970 e SC: r=0,970, p?0,001); a correlação foi positiva e significativa em relação ao número de médicos por município (SG: r=0,937 e SC: r=0,979; p?0,001) e enfermeiros por município (SG: r=0,957 e SC: r=0,984, p?0,001). Observou‐se correlação negativa (fraca) e significativa com mortalidade infantil (SG: r=‐0,493 e SC: r=‐ 0,455; p?0,00; com a Cobertura Populacional Estimada por Equipes de Saúde da Família (%) a correlação foi negativa e não significativa (SG: r=‐0,206; p=0,069 e SC: r=‐0,124; e p=0,276), correlação negativa (fraca) e significativa com o Índice de Vulnerabilidade Social (SG: r=‐0,421; p?0,001 e SC: r=‐0,383; p?0,001).

Discussão/Conclusão: Podemos inferir quando maior a disponibilidade de profissionais na atenção ao pré‐natal, mais efetiva as ações para captação precoce para início do pré‐natal, maior será o número de teste realizados de diagnóstico para rastreio e tratamento da sífilis na gestação. Essa correlação com sífilis congênita é um achado preocupante, pois quanto mais profissionais atuando no enfrentamento da sífilis na gestação, menor transmissão vertical. Existem falhas no acompanhamento da sífilis? Mesmo em situações de vulnerabilidade não houve aumento de casos. Com o aumento do número de casos de SG e SC não houve aumento na mortalidade infantil. Como limitação do estudo, o uso de dados secundários não permite generalizações. Os casos de sífilis apontam um longo trabalho para identificar as possíveis falhas na assistência ao pré‐natal e na redução da sífilis congênita.

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