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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 096
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DO HEMOGRAMA COMO FERRAMENTA BALIZADORA DO DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME FEBRIL DE CARÁTER INFECCIOSO
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Allyson Luiz da Silva Duartea, Alessandra Crystine da Silva Duarteb, Mauro Cesar Almeida Ferreiraa, Francisco Luzio de Paula Ramosa
a Centro Universitário do Estado do Pará, Belém, PA, Brasil
b Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

O hemograma não tem especificidade ao diagnóstico etiológico da síndrome febril, porém demostra características sensíveis para as doenças bacterianas, virais e parasitárias. O trabalho avalia o valor do leucograma, verifica seu potencial sobre a resolubilidade de doenças e, ainda, tem o objetivo de analisar a aplicação do hemograma, especialmente o leucograma associado a achados clínicos e epidemiológicos, como preditor diagnóstico da síndrome febril de caráter infeccioso.

Método

Estudo desenvolvido no Instituto Evandro Chagas (IEC), no estado do Pará, do tipo série de casos retrospectivo transversal, tendo o Setor de Atendimento Médico Unificado (SOAMU) como norteador de todo o desenvolvimento do projeto a ser executado conjuntamente com as Seções TécnicoCientíficas da instituição.

Resultados

Foram analisados 620 casos suspeitos de doença infecciosa, os quais foram encaminhados ao ambulatório do Instituto para avaliação diagnóstica, entre fevereiro e agosto do ano de 2018. Do total, 387 advêm do interior do Estado e 233 procedentes da região metropolitana de Belém do Pará. As doenças mais registradas foram, respectivamente, chikungunia 104 (22%), mononucleose 80 (17%), toxoplasmose 42 (9%), doença de chagas 38 (8%), febre tifoide 33 (7%), malária 19 (4%), infecção pelo HIV 19 (4%), tuberculose 10 (2%) e leptospirose 10 (2%). Analisando o hemograma nas doenças de causa bacteriana, parasitária e viral, constatou-se que as infecções bacterianas são as únicas que cursam com elevação dos neutrófilos (neutrofilia), a qual determina o aumento também dos leucócitos totais levando à leucocitose. A faixa etária de 21 a 40 anos (51%) e o sexo feminino (54%) foram os mais prevalentes. Uma condição relevante ao diagnóstico da doença infecciosa se trata do elevado índice de plaquetopenias visto na malária. A síndrome febril quase sempre constitui um desafio para o médico, principalmente quando há febre prolongada de origem obscura (FPOO).

Conclusão

Febre acompanhada de um hemograma constituído de leucocitose com neutrofilia deve-se pensar em doença bacteriana. As infecções virais devem ser lembradas nos casos de febre de curta duração acompanhada de hemograma com leucopenia ou com leucócitos totais de valor próximo do limite inferior. E nas doenças parasitárias sistêmicas, o número de leucócitos está normal e a proporção neutrófilos/linfócitos está diminuída, invertida ou o número absoluto de linfócito está aumentado.

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