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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-118
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COMO AS VARIANTES DE SARS-COV-2 IMPACTARAM AS CIRURGIAS ELETIVAS E DE EMERGÊNCIA?
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Gabriela Barbosa, Ana Paula Chaves, Klinger Faico-Filho, Nancy Bellei
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A pandemia da COVID-19 trouxe inúmeros desafios ao sistema de saúde em todo o mundo. O aumento dos casos de SARS-CoV-2 impactou o gerenciamento de procedimentos cirúrgicos. À medida que o cenário se tornava mais favorável, foi possível a retomada das cirurgias eletivas e de emergência de forma progressiva. Portanto, para evitar infecção hospitalar e garantir um procedimento seguro, a detecção de SARS-CoV-2 tornou-se obrigatória em todos os pacientes antes da cirurgia, de acordo com a demanda de atendimento de cada unidade.

Objetivo

Nesse sentido, nosso objetivo foi compreender a dinâmica das taxas de positividade de SARS-CoV-2 frente às Variantes de Preocupação (VOCs) e o impacto nas taxas de suspensão de cirurgias em um hospital de São Paulo, Brasil.

Método

De julho de 2020 a março de 2022, investigamos todos os pacientes pré-operatórios assintomáticos que seriam admitidos para cirurgia eletiva ou de emergência. Para cada paciente foi coletado swab nasofaríngeo 48 horas a 72 horas antes da cirurgia; foi realizado um RT-qPCR (Kit GeneFinder; OSANG Healthcare) para detectar SARS-CoV-2. O Ct foi considerado como inferência da carga viral. Para entender o impacto do SARS-CoV-2 em cirurgias canceladas e adiadas, estabelecemos diferentes fases da pandemia com base na linhagem/variante circulante predominante em São Paulo, Brasil.

Resultados

Incluímos 4.644 testes de pacientes pré-operatórios de 0 a 103 anos (mediana 48; IQR 27-63). A positividade geral foi de 3,6%. Em seguida, analisamos as taxas em diferentes fases. A maior taxa de suspensão da cirurgia (12,5%) ocorreu no período em que predominava a VOC Omicron. Não observamos diferença significativa quanto às variantes e às cargas virais.

Conclusão

Nossos achados destacam que a Omicron aumentou significativamente as taxas de positividade nos pacientes assintomáticos rastreados que foram testados antes do procedimento cirúrgico. Em todos os períodos observamos amostras com valor de Ct que apresenta risco de infecção. A maioria dos casos de Omicron são leves e moderados, porém o padrão de transmissibilidade dessa variante ainda impacta a prestação de serviços de saúde. Como os testes pré-operatórios para vírus respiratórios não eram solicitados antes da pandemia, a previsão do impacto em cirurgias em um cenário com variantes mais transmissíveis ou circulação de outro vírus continua sendo um desafio. Intervenções futuras para controle de infecção e proteção de pacientes e cirurgiões são necessárias para a regularidade do sistema de saúde.

Ag. Financiadora

FAPESP.

Nr. Processo

2020/11719-0.

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